Babilônia: origem, apogeu, declínio, sociedade e cultura

A Babilônia situava-se numa região fértil em rotas comerciais e se tornou uma civilização avançada, com destaque para a educação e a arte.

Babilônia: origem, apogeu, declínio, sociedade e cultura

A civilização babilônica foi uma das mais importantes da antiguidade, deixando um legado significativo para a história e a cultura mundial. Localizada na região da Mesopotâmia, no atual território do Iraque, a Babilônia floresceu ao longo de vários períodos, deixando sua marca indelével na história da humanidade.

Assim, além de ser um centro político e econômico, também era famosa por sua cultura avançada. Dessa forma, desempenhou um papel significativo na história antiga, sendo um importante centro de aprendizado e produção literária.

Os babilônios desenvolveram avançados sistemas matemáticos, astronômicos e legais, deixando um legado duradouro na civilização ocidental.

No entanto, ao longo dos séculos, a Babilônia enfrentou períodos de declínio e foi conquistada por diferentes impérios, como o Assírio e o Persa. Com a chegada de Alexandre, o Grande, em 331 a.C., a cidade perdeu grande parte de sua importância e entrou em um declínio irreversível.

Hoje, as ruínas da antiga Babilônia estão localizadas perto da cidade de Hillah, no Iraque, e são consideradas um importante sítio arqueológico, testemunhando a grandiosidade e a importância histórica dessa antiga civilização.

Origem da Babilônia

A Babilônia teve origem como uma pequena cidade na região da Mesopotâmia, localizada no atual Iraque. Acredita-se que sua fundação remonte ao terceiro milênio a.C., durante o período conhecido como Dinastia Amorita. A cidade começou como um centro comercial e agrícola, situada às margens do rio Eufrates.

Com o passar dos séculos, a Babilônia cresceu em importância política, econômica e cultural, tornando-se a capital de diversos impérios e reinos que dominaram a região. Assim, sob a Dinastia Amorita, a cidade estabeleceu-se como uma potência regional, mas foi sob a Dinastia Cassita que alcançou seu primeiro período de esplendor.

No entanto, foi durante o apogeu da Babilônia, entre os séculos VII e VI a.C., que a cidade atingiu seu auge. Nessa época, governantes como Nabucodonosor II empreenderam grandes projetos de construção, como a reconstrução da cidade e a construção dos Jardins Suspensos, que se tornaram um símbolo de sua grandiosidade.

Fases da história da Babilônia

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1. Dinastia Amorita (1894-1595 a.C.)

A Dinastia Amorita foi a primeira dinastia a governar a Babilônia.

O rei mais famoso dessa dinastia foi Hammurabi, famoso por ter criado um dos primeiros códigos de leis escritas, o Código de Hammurabi.

2. Dinastia Cassita (1595-1155 a.C.)

Após a queda da Dinastia Amorita, a Babilônia passou por um período de domínio cassita.

Os cassitas eram uma dinastia estrangeira de origem indo-ariana que governou a região por cerca de 400 anos.

3. Domínio Assírio (9º-7º século a.C.)

Durante esse período, a Babilônia esteve sob o domínio do Império Assírio.

Os assírios conquistaram a Babilônia e incorporaram a cidade-estado à sua vasta esfera de influência.

4. Apogeu da Babilônia (7º-6º século a.C.)

Durante o reinado dos reis nabucodonosores, a Babilônia experimentou um período de grande prosperidade e expansão territorial.

Assim, a cidade foi reconstruída com esplendor arquitetônico, incluindo os famosos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

5. Declínio e fim da Babilônia (6º-4º século a.C.)

Após a morte de Nabucodonosor II, o império babilônico entrou em um período de declínio gradual.

A Babilônia foi conquistada pelo Império Persa, liderado por Ciro, o Grande, em 539 a.C., marcando o fim da independência da Babilônia como um estado soberano

Economia da Babilônia

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A economia da Babilônia era diversificada e dependia da agricultura, do comércio, da manufatura e da indústria artesanal.

Assim, a riqueza e prosperidade da Babilônia podem ser evidenciadas pelos seus monumentos grandiosos, como os famosos Jardins Suspensos, considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

1. Agricultura

A agricultura foi a base da economia babilônica. Os babilônios cultivavam uma variedade de culturas, como cevada, trigo, linho, palmeiras, uvas e vegetais.

Dessa forma, eles desenvolveram técnicas avançadas de irrigação, como o uso de canais e diques, para controlar as enchentes e garantir o abastecimento de água para as plantações.

2. Comércio

A Babilônia era um importante centro comercial na região da Mesopotâmia. Sua localização estratégica, próxima aos rios Tigre e Eufrates, permitia o acesso a rotas comerciais terrestres e fluviais.

Além disso, os babilônios também participavam do comércio marítimo, importando e exportando produtos por meio dos portos na região sul da Mesopotâmia.

3. Moeda

A Babilônia foi uma das primeiras civilizações a utilizar um sistema de moeda, conhecida como shekels. Os shekels eram feitos de prata e tinham um valor padrão que facilitava as transações comerciais e a contabilidade.

Então, essa padronização monetária estimulou o comércio e a atividade econômica na Babilônia.

4. Artesanato e manufatura

A Babilônia tinha uma próspera indústria artesanal e manufatureira. Os artesãos babilônios produziam uma variedade de produtos, como cerâmica, tecidos, joias, armas e esculturas.

Suas habilidades e produtos eram muito valorizados e exportados para outras regiões. A cidade também era conhecida por sua indústria têxtil, que produzia tecidos de qualidade usando lã e linho.

5. Sistema tributário

Por fim, a economia da Babilônia era baseada em um sistema tributário bem desenvolvido.

Os agricultores pagavam impostos em forma de produtos agrícolas, que eram coletados pelo governo e distribuídos entre a elite governante, os sacerdotes e os templos. Além disso, havia impostos sobre o comércio e outras atividades econômicas.

Sociedade da Babilônia

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A sociedade da Babilônia era estratificada e hierarquizada, com uma clara divisão entre diferentes grupos sociais.

Além disso importante mencionar que a posição social na sociedade babilônica era em grande parte determinada pelo nascimento, com poucas oportunidades de mobilidade social. Assim, o acesso à educação, aos privilégios e ao poder estava concentrado nas mãos da elite governante.

1. Elite governante

A elite governante se formava principalmente pelos reis e suas famílias, sacerdotes e altos funcionários. Eles detinham o poder político, religioso e econômico na sociedade babilônica.

Os reis eram se portavam como divinos e exerciam um controle centralizado sobre o império.

Também, os sacerdotes tinham uma posição privilegiada, pois desempenhavam um papel fundamental nos rituais religiosos e no contato com os deuses.

2. Camada burocrática e administrativa

Essa camada incluía funcionários de alto escalão que atuavam nas diversas esferas do governo, como governadores provinciais, juízes, escribas e coletores de impostos.

Eles eram responsáveis pela administração do império, pela coleta de impostos, pela manutenção da ordem e pela aplicação da lei.

3. Classe mercantil

Os comerciantes desempenhavam um papel essencial na economia da Babilônia. Assim, envolviam-se no comércio interno e externo, importando e exportando bens, além de participarem das feiras e mercados.

Dessa forma, essa classe incluía tanto comerciantes locais como aqueles que viajavam para outras regiões em busca de negócios.

4. Classe trabalhadora

A maioria da população babilônica pertencia a essa classe, composta principalmente por agricultores, artesãos, trabalhadores braçais e escravos.

Os agricultores cultivavam a terra e forneciam os alimentos essenciais para a sociedade. Os artesãos produziam bens manufaturados, como cerâmica, tecidos e joias.

Já os trabalhadores braçais trabalhavam em construções, projetos governamentais e outros setores.

5. Escravos

A escravidão era uma instituição presente na sociedade babilônica. Os babilônicos obtinham seus escravos de várias formas, como prisioneiros de guerra, dívidas não pagas e nascimento.

Assim, realizavam trabalhos domésticos, agrícolas e em diversas áreas da economia.

Embora estivessem na base da hierarquia social, algumas vezes podiam alcançar a liberdade por meio da compra de sua própria liberdade ou do serviço prestado ao longo do tempo.

Cultura da Babilônia

Babilônia: origem, apogeu, declínio, sociedade e cultura
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A cultura babilônica exerceu uma influência duradoura sobre as civilizações subsequentes, como a grega e a romana.

Dessa forma, seus avanços nas áreas da escrita, matemática, astronomia e arquitetura foram importantes para o desenvolvimento da civilização ocidental.

1. Religião

A religião ocupava um lugar central na vida dos babilônios. Eles adoravam uma variedade de deuses e deusas e acreditavam na existência de uma ordem divina que governava o mundo.

2. Literatura

A literatura babilônica é conhecida por seus mitos, epopeias e textos legais. Um dos trabalhos mais famosos é a Epopeia de Gilgamesh, uma história épica que conta as aventuras do herói Gilgamesh em busca da imortalidade.

A escrita cuneiforme, que era uma forma de escrita em tabuletas de argila, era amplamente utilizada na Babilônia para registrar informações, incluindo textos religiosos, literários e administrativos.

3. Arquitetura

Os babilônios eram hábeis na construção e deixaram um legado arquitetônico impressionante. A cidade da Babilônia era conhecida por seus grandes palácios, jardins suspensos e imponentes portões de entrada, como o Portão de Ishtar.

Além disso, construíram ziggurats, estruturas em forma de pirâmide, que serviam como templos religiosos e centros de adoração.

4. Arte

A arte babilônica se manifestava em esculturas, relevos e objetos de cerâmica. As esculturas babilônicas retratavam figuras humanas e animais em posturas rígidas e solenes.

Os relevos esculpidos em paredes e monumentos narravam histórias mitológicas e cenas do cotidiano. Já a cerâmica apresentava desenhos geométricos e figuras simbólicas.

5. Ciência e Astronomia

Por fim, os babilônios fizeram importantes contribuições para a ciência e a astronomia. Eles desenvolveram um sistema de numeração baseado em 60 (o sistema sexagesimal), que ainda é usado hoje na medição do tempo e dos ângulos.

Os astrônomos babilônios estudaram o movimento dos corpos celestes e criaram tabelas astronômicas precisas. Dessa forma, eles também foram os primeiros a dividir o ano em meses e a identificar os padrões dos astros.

Fontes: História do Mundo, Info Escola, Toda Matéria

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