Anel de fogo do Pacífico – Conceito, localização, causas e efeitos

O Anel de Fogo do Pacífico é uma zona oceânica que abrange grandes placas tectônicas, responsáveis pela ocorrência de terremotos e tsunamis

O Anel de Fogo do Pacífico, ou Círculo de Fogo do Pacífico, é uma zona com elevada instabilidade geológica que rodeia o oceano Pacífico. Esta zona permeia uma extensão de 40 mil km, tendo pelo menos 450 vulcões ativos ou temporariamente adormecidos ao longo de suas áreas costeiras.

Sua forma possui um aspecto de curvatura ou semicírculo que chama atenção pela presença de cordilheiras montanhosas, além de fossas oceânicas e ilhas vulcânicas.

Conheça abaixo mais detalhes sobre esse fenômeno, onde ele se localiza, quais são seus efeitos e causas.

Localização do Anel de Fogo do Pacífico

O Anel de Fogo do Pacífico abrange toda a costa oeste das Américas, indo desde o Chile (América do Sul) às ilhas Aleutas, no Alasca (América do Norte).

Em seguida, percorre a Ásia, chegando ao litoral da Sibéria, na Rússia, para descer ao longo das ilhas do Japão, Filipinas e Indonésia, no leste e sudeste asiáticos. Ademais, ela também corre nas direções leste e sul, atravessando a Papua-Nova Guiné e chegando à Nova Zelândia.

Anel de fogo do Pacífico: conceito, localização, causas e efeitos
Notasgeo

O Anel de Fogo do Pacífico é composto por uma série de fossas geológicas localizadas no fundo do oceano e em regiões muito profundas.

Em outras palavras, esse anel abrange as chamadas placas tectônicas, isto é, placas deslizantes localizadas na crosta terrestre que, ao se movimentarem, formam tsunamis e terremotos.

Devido à sua enorme extensão, essa zona vulcânica abrange a Placa das Filipinas, Placa do Pacífico, Placa Juan de Fuca, Placa de Cocos e a Placa de Nazca.

Essa área de encontro entre as placas acaba por provocar colisão, o que modifica o relevo e proporciona abalos sísmicos e erupções vulcânicas.

Vulcões e terremotos ao longo do Anel de Fogo do Pacífico

O Círculo de Fogo do Pacífico é responsável por causar 90% dos abalos sísmicos do planeta, enquanto 50% dos vulcões se relacionam com essa região. Isso acontece porque essa é a área em que mais ocorre encontro entre placas tectônicas.

Dessa forma, elas são responsáveis por formar o manto terrestre e acabam por flutuar continuamente sobre camadas de rochas sólidas ou parcialmente derretidas. Quando elas se colidem ou se fragmentam, ocorre nesse local os tremores e elevações.

O curioso é que a maior parte das montanhas que permeiam o Anel de Fogo do Pacífico são originadas justamente nessas regiões de encontro. A Cordilheira dos Andes, na América do Sul, e as Montanhas Rochosas, da América do Norte, surgiram dessa forma.

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Por outro lado, os vulcões e ilhas vulcânicas “nascem” de maneiras distintas. Enquanto os vulcões nascem da pressão que uma placa tectônica faz na outra – processo chamado de subducção – as ilhas vulcânicas também são formadas dessa maneira, contudo abaixo do oceano.

Por consequência, por exemplo, surgiram as Ilhas Marianas, entre a Placa das Filipinas e a Placa do Pacífico.

Consequências das colisões

Certamente, você deve saber que a maior parte dos terremotos e tsunamis no mundo ocorrem na região da Ásia. Mas você sabe por que isso acontece?

Essa região apresenta muitos encontros entre placas tectônicas, o que torna os habitantes da Indonésia, Japão e outros países vulneráveis e sob constantes ameaças ambientais. De maneira idêntica, toda a população ao longo da costa norte e sul-americana também é afetada.

Anel de fogo do Pacífico: conceito, localização, causas e efeitos
El País

Contudo, a intensidade dos fenômenos pode variar a depender da altura em relação às placas, das arquiteturas locais e do esquema de prevenção de desastres.

Mesmo assim, algumas ocorrências trágicas podem ser inevitáveis. Entre as maiores estão o terremoto no Chile na década de 60, que alcançou 9º na escala de medição Richter, o tsunami de 2004 na Tailândia e Indonésia, além do tsunami que provocou o acidente na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011.

Ademais, os fenômenos climáticos do El Niño e La Niña também são influenciados pela existência do Anel de Fogo do Pacífico.

Isso ocorre porque os vulcões existentes na porção do Pacifico a oeste do continente americano, junto a outros fatores, provocam o aquecimento das águas nas proximidades do Peru, o que provoca esses fenômenos corriqueiros.

É possível prever terremotos?

Atualmente, graças aos conhecimentos científicos avançados e as ferramentas de alta tecnologia, é possível mapear e elencar as zonas de maior risco de ocorrência de vulcões, tsunamis e terremotos.

Esse estudo é essencial para melhor alertar às autoridades e populações locais acerca de possíveis catástrofes ambientais.

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Apesar de não ser possível definir com exatidão a ocorrência desses fenômenos originários, em sua maioria, do Anel de Fogo do Pacífico, é possível realizar ações preventivas.

Uma dessas ações é construção de edifícios à prova de terremotos. Além disso, evitar morar próximo às zonas costeiras, bem como a instalação de sinais de alerta, que possam ajudar a escapar de um tsunami.

Similarmente, o estoque de água, materiais de higiene e comida em local seguro também são importantes decisões a serem definidas quando se trata de riscos de catástrofes devastadoras a esse ponto.

E aí, gostou de saber sobre o Anel de Fogo do Pacífico? Então, confira também: Aquífero Alter do Chão – O que é, localização, características e importância

Fontes: Mundo Educação, Escola Britannica, Brasil Escola, G1 Globo

Imagens: Superinteressante, Notasgeo, Escola Kids, Blog Pé na Trilha, El País, G1 Globo.

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