Você já parou para pensar quais os principais órgãos que temos no corpo humano, além do coração? Acertou quem pensou no cérebro. Essa rica estrutura celular é a base do Sistema Nervoso Central (SNC) e, basicamente, é responsável por comandar todas as nossas ações, sejam elas voluntárias ou involuntárias. Por essa razão, estudaremos agora como o cérebro funciona.
Desde fazer um simples cálculo, formular uma frase ou até respirar, tudo é comandado diretamente pelo cérebro. Esse órgão é composto por mais de 100 bilhões de células específicas, chamadas de neurônios, que determinam todas as nossas ações.
Em seguida, saiba quais as suas principais funções, como ele é dividido, cuidados a serem tomados e curiosidades acerca de sua atividade.
Afinal, como funciona o cérebro e quais suas funções?
Para facilitar a compreensão, podemos entender o funcionamento do cérebro como uma máquina, que precisa de energia para estar em pleno vapor. Essa energia precisa ser constantemente renovada e faz parte de um sistema unificado que trabalha 24 horas por dia para manter a nossa saúde.
Dessa forma, precisamos de elementos que tornem adequado esse funcionamento, tais como as estruturas de ligação (neurônios, axônios, corpo caloso, fibras nervosas) e a oxigenação, mantida a uma taxa de 25% em relação ao produzido pelo restante do organismo.
Se o funcionamento estiver adequado, os cinco sentidos do corpo humano (visão, audição, tato, olfato e paladar) atuarão em perfeito estado, auxiliando na realização de funções como, por exemplo, exercer a criatividade, ajudar na tomada de decisões, determinar os movimentos corporais e estabelecer sensações como frio e calor.
Entenda quais dessas funções são determinadas por cada parte do cérebro e quais são essas divisões.
Partes do cérebro
Inicialmente, o funcionamento do cérebro implica em duas divisões: o hemisfério cerebral direito e o hemisfério cerebral esquerdo.
Essas estruturas contam com uma curiosidade: elas comandam lados opostos do corpo. Enquanto o hemisfério direito comanda as ações do lado esquerdo, ocorre o contrário com a sua outra parte.
De maneira geral, um lado é dominante e comanda os processos de linguagem e racionalidade, enquanto o outro controla as emoções e estimula a criatividade. Contudo, essas funções não estão isoladas e podem sofrer variações.
Esses hemisférios, por sua vez, podem dividir-se em quatro lobos, denominados segundo o osso localizado em cada uma de suas regiões. São eles o lobo frontal, que estabelece a criatividade, o controle das funções motoras e o estímulo ao raciocínio.
Ademais, ele controla a personalidade e auxilia na tomada de decisões e o lobo temporal, relacionada ao controle dos sentidos da comunicação, determinando a fala, a escrita, a cognição e a audição.
Também como parte do cérebro, estão o lobo occipital, que constitui uma parte menor do cérebro e fundamental para reconhecer as informações visuais e, por último, o lobo parietal, que determina as sensações do corpo. Em outras palavras, é ela que identifica o frio, o calor, as dores e percepções ao toque.
Outras divisões do cérebro
Por outro lado, o funcionamento do cérebro também está relacionado à presença de duas regiões quanto ao corte. Em relação à parte interna, ela contém a massa branca, responsável por fazer a transmissão das informações em uma velocidade de até 400 quilômetros por hora. Além disso, é formada por feixes de axônios mielinizados, que determinam a cor clara.
Ao mesmo tempo, a parte externa é chamada de massa cinzenta, cientificamente denominada de córtex cerebral. Ela apresenta espessura de até 4 milímetros e contém corpos de neurônios. Entre suas funções, estão os movimentos voluntários, a capacidade de percepção e as lembranças.
As demais partes principais são o cerebelo (pequeno cérebro), responsável pela coordenação e postura corporal; o hipocampo, que estimulam a memória e o aprendizado; e o tronco encefálico, determinante aos movimentos involuntários, tais quais a respiração, os batimentos cardíacos e o controle da pressão arterial.
O funcionamento do cérebro, leitura e tecnologia
É cada vez mais comum o aparecimento de queixas quanto às dificuldades de concentração, de memorização das informações e do desestímulo às práticas de leitura.
E isso está diretamente relacionado ao tempo cada vez maior que passamos em frente às telas, seja do celular, do computador, tablet, entre outras ferramentas digitais.
Estudos de universidades de Israel e da Espanha, feitos com mais de 170 mil pessoas e ao longo de 17 anos, concluíram que ocorre um fenômeno chamado de inferioridade da tela, isto é, os processos de leitura em meios digitais ocorrem de um modo mais raso, dificultando a compreensão por parte da grande maioria dos leitores.
Em outras palavras, ocorre uma espécie de atrofia cerebral, ao passo que o pouco aprofundamento escancarado pela leitura online prejudica a capacidade de entender argumentos, gerar senso crítico e evoluir em sociedade.
Estudiosos afirmam que os seres humanos passaram a estabelecer um circuito cerebral de leitura há “apenas” 6 mil anos atrás. Em primeiro lugar, os nossos antepassados contavam cabeças de gado e registravam sua linguagem através de símbolos escritos, até evoluir à instantaneidade atual.
Por outro lado, e de maneira idêntica, teóricos destacam a ocorrência de várias pesquisas que garantem um melhor funcionamento cerebral a partir da prática da leitura, reduzindo a viabilidade de doenças como o Mal de Alzheimer.
Curiosidades
– Ao contrário do senso comum, o ser humano não utiliza apenas 10% de sua capacidade cerebral. Sendo assim, é impossível atribuir ao certo uma porcentagem relacionada a essa função;
– O hemisfério esquerdo possui mais neurônios do que o direito;
– Ao contrário da maior parte das células humanas, os neurônios não são substituídos por outros ao deixarem de funcionar;
– O cérebro do cientista Albert Einstein foi utilizado em estudos após sua morte. Basicamente, o objetivo era encontrar razões para a genialidade do estudioso, que criou a Teoria da Relatividade.
E aí, gostou do tema de hoje? Então confira também as características dos sistemas do corpo humano.
Fontes: EBC, Brasil Escola, Solução Lab, Só Biologia, PUC RS, BBC News
Imagens: Jolivi, Jornal USP, Passeios Kids, Passei Direto, Dráuzio Varella, Bnei Noach.