Crise de 1929: a grande depressão econômica que faliu os Estados Unidos

A Crise de 1929 foi desencadeada pelo excesso de produção das fábricas americanas. De repente, ao perder o mercado europeu, as empresas foram à falência.

A Crise de 1929, também chamada de Grande Depressão, foi a maior recessão econômica da história dos Estados Unidos. Ocorreu justo no início do século XX, quando os norte-americanos viviam um período de grande desenvolvimento econômico.

Essa prosperidade toda se deveu à Primeira Guerra Mundial. É que o conflito destruiu a estrutura de produção e as economias dos países europeus, forçando-os a comprar produtos americanos.

A mesma superprodução que enriquece também pode falir

Com uma demanda desse porte, os empresários dos Estados Unidos investiram pesado em máquinas e ampliaram a rede de produção.

Mas na década de 1920, as economias europeias se recuperaram. Não havia mais a necessidade de comprar produtos importados. De repente, a grande estrutura do parque industrial americano se viu obsoleta.

Outro fator que não pôde socorrer o empresariado foi o mercado interno. É que, para acompanhar o imenso ritmo de produção, os salários eram baixos. A situação ficou insustentável. Muito produto para pouco mercado consumidor. Então o que desencadeou a Crise de 1929 foi a superprodução.

O aflitivo dia do crash da Bolsa de Nova York

As empresas então foram forçadas a atitudes drásticas, que iam desde estocar por tempo indeterminado a se desfazer do excesso de produção por qualquer preço. Começou em consequência uma onda de demissão e o desemprego foi às alturas.

Essas empresas tinham papéis vendidos na Bolsa de Valores de Nova York. E no fatídico dia de 24 de outubro de 1929, os preços das ações caíram drasticamente. Muitos querendo vender e ninguém querendo comprar, levando a uma verdadeira quebra (crash) da Bolsa nova-iorquina. Com isso, quem era milionário de repente se tornou pobre.

O desespero então tomou conta. A grande massa de trabalhadores passava fome, enquanto muitos empresários falidos se suicidaram.

Os reflexos da crise no mundo

A crise econômica desencadeada pela quebradeira americana afetou o mundo. E principalmente os países europeus e o Canadá. É que os Estados Unidos figuravam entre os maiores compradores de vários tipos de produtos.

No Brasil, por exemplo, o preço do café despencou, pois os americanos eram os principais consumidores. Mas aqui teve um lado positivo, pois os cafeicultores brasileiros passaram a investir no setor industrial.

New Deal: a política econômica que salvou a economia

Os efeitos da Crise de 1929 foram amenizados gradativamente por meio da política econômica do presidente americano Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), conhecida como New Deal. Ela foi uma série de programas implementados nos Estados Unidos, entre 1933 e 1937 e o objetivo era recuperar e reformar a economia norte-americana. Também visava assistir os prejudicados pela Grande Depressão.

Roosevelt decidiu intervir na economia, embora advertido de que contrariaria o princípio de que o mercado fosse capaz de se autorregular. Ele criou benefícios sociais, além de realizar a construção de grandes obras, como pontes, prédios públicos, hospitais e escolas.

Tudo isso melhorou a qualidade de vida dos mais pobres e diminuiu o desemprego nos Estados Unidos, que naquele momento já atingia mais de 12 milhões de pessoas.

Mas os efeitos da Crise de 1929 só foram superados depois do início da década de 1940, quando aquele país ingressou na Segunda Guerra Mundial já como uma superpotência.

Você gostou de conhecer a Crise de 1929? Então certamente que vai adorar ler sobre o Plano Real e o que ele fez pela economia brasileira.

Fonte: Info Escola, Toda Matéria, Brasil Escola, Estudo Prático, História do Mundo.

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