Na Geografia, o conceito de estreito se refere a uma área marítima que separa duas porções continentais ou dois oceanos, por exemplo. Basicamente, estas áreas servem como uma espécie de canal marítimo, onde embarcações, correntes marinhas e seres vivos passam. Um exemplo, é o estreito de Bering.
O estreito de Bering, um dos mais conhecidos do mundo, separa dois continentes, a Ásia e a América do Norte. Além disso, a área marítima se estende por 85 quilômetros. Este estreito também passa pelo meridiano oposto ao de Greenwich, conhecido como Linha Internacional de Data.
Com uma profundidade entre 30 e 50 metros, o estreito de Bering recebe este nome em homenagem à Vitus Jonassen Bering, um explorador dinamarquês que atravessou, em 1728, a região do estreito. De modo geral, esta área marítima é a parte mais estreita entre o continente asiático e o continente americano.
Origem do nome estreito de Bering
Em síntese, entende-se como estreito, na Geografia, a área marítima que separa duas partes continentais ou dois oceanos. No caso, o estreito de Bering é responsável por separar o Cabo Dezhnev, localizado na Rússia, e o Cabo Príncipe de Gales, no Alasca.
O nome estreito de Bering foi dado em homenagem a Vitus Jonassen Bering. Vitus era um navegador dinamarquês com nacionalidade russa, que atravessou o canal marítimo pela primeira vez, em 1724. Naquele tempo, a área marítima apresentava severas dificuldades, por conta das condições climáticas.
Inclusive, Vitus Bering, além de ter sido o primeiro navegante a cruzar o estreito de Bering, também ficou conhecido por ter perdido a vida em uma expedição realizada sobre o estrito, em 1741.
Naquela época, o navegador havia comandado uma expedição para que a região do estreito fosse explorada. Com isso, o intuito de Vitus era delimitar os limites geográficos do que, mais tarde, viria a ser conhecido como Alasca.
Nesse sentido, quando Vitus Bering, junto a outros navegantes, decidiu adentrar o estreito, enfrentou o inverno rigoroso da região e acabou falecendo.
Características do Mar de Bering
Em síntese, o mar de Bering, que se encontra junto ao estreito de Bering, possui grande potencial pesqueiro, o que atrai muitos profissionais para a região, principalmente profissionais da área da economia.
Entretanto, a região do estreito é conhecida por ser perigosa e, por conta disso, muitos pescadores acabam perdendo a vida em expedições marítimas.
Além das adversidades naturais do estreito, a maior parte das expedições são em grupo, o que facilita que mais pessoas percam a vida de uma única vez. Outra característica é que a região apresenta uma neblina muito densa, advinda do encontro da corrente fria do Ártico e da corrente mais quente vinda do Pacífico.
Além disso, no inverno, os pescadores enfrentam temperaturas em torno dos -45º e ondas que atingem os 12 metros de altura. Até mesmo hoje, com todos os equipamentos e tecnologia disponíveis para os navegantes, como sistemas de monitoramento e resgate, a região do estreito de Bering é considerada muito arriscada.
Ponte e teoria do estreito de Bering
A princípio, como o estreito de Bering é a região mais estreita entre os continentes asiático e americano, há um projeto, que ainda não foi desenvolvido, de unir os dois continentes por meio de uma ponte.
Dessa forma, o projeto, batizado de “Ponte Internacional da Paz”, ligaria o Alasca com a Sibéria, sendo a ponte mais longa do mundo, com aproximadamente 80 quilômetros.
Por fim, muitos estudiosos acreditam que o continente americano foi povoado por povos da antiguidade que atravessaram o estreito de Bering. Aos poucos, estes povos foram construindo suas moradias e povoando toda a América. Essa é uma das teorias mais aceitas sobre o povoamento do continente americano.
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Fontes: Toda Matéria, Mundo Educação, Info Escola e Brasil Escola
Imagens: Guia Geográfico, Horsens Museum, Clima Tempo e CanalTech