Hiroshima e Nagasaki – Bombas atômicas, causas e destruição

Hiroshima e Nagasaki foram as cidades japonesas alvos de duas bombas nucleares em 1945, fato que causou destruição e mortes.

Hiroshima e Nagasaki, o que foi? A bomba atômica, causas e consequências

No final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, após quatro anos de guerra no pacífico entre Japão e Estados Unidos, foram lançadas duas bombas nucleares, sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Antes desses eventos, em 26 de julho, o presidente dos EUA, Harry Truman, tinha exigido a rendição de forma incondicional do Japão. Portanto, o Japão não se rendeu, e o primeiro alvo programado pelos EUA, foi Hiroshima.

No entanto, este alvo fora escolhido pelo fato da cidade ter sido bombardeada antes. Desta forma, os militares norte- americanos concluíram que era um bom lugar para se observar os efeitos da bomba.

Além disso, era também a sede de uma base militar. Assim, em 6 de agosto de 1945, às 8:15 da manhã, foi lançada a primeira bomba. Posteriormente, com o Japão ainda na guerra e sem a rendição, foi lançada a segunda bomba sobre Nagasaki, em 9 de agosto às 11:02.

Planejamento dos ataques em Hiroshima e Nagasaki

Quando o presidente dos EUA, Harry Truman, exigiu do Japão a sua rendição incondicional, alertou que uma decisão contrária à rendição acarretaria uma destruição rápida e de forma absoluta.

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Porém, a mensagem de Truman não mencionava o uso de bombas nucleares. No entanto, essas armas já faziam  parte do arsenal à disposição dos EUA, para decidir o conflito a seu favor.

Vale lembrar que em 16 de julho de 1945, os Estados Unidos, testaram uma bomba nuclear com sucesso, a bomba Trinity, a primeira arma nuclear detonada no mundo.

No entanto, a discussão entre os militares envolvia uma questão. Ou seja, o que se discutia era como a bomba seria usada, porque a decisão de utilizá-la como arma de guerra já estava tomada. Neste sentido, a forma mais eficiente de usá-la era aquela que causasse a rendição do Japão.

Contudo, as razões dessa ação dos EUA ainda são objeto de debate, mas as consequências disso podem ser vistas até os dias atuais nos relatos sobre Hiroshima e Nagasaki.

As bombas

A bomba chamada de “Little Boy”, lançada sobre Hiroshima, funcionava como uma pistola: disparava um projétil de urânio 253 na direção de um alvo feito também de urânio.

Este mecanismo permitia que o choque partisse os núcleos dos átomos, em um processo chamado de fissão nuclear. Portanto, essa fissão dos núcleos ocorre de maneira consecutiva, gerando uma reação em cadeia que libera energia e causa explosão.

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No entanto, a “Little Boy” era composta por 64 quilos de urânio 235, porém fissão nuclear teria ocorrido em somente 1,4% do total de toda a carga. Contudo, a explosão teve força equivalente a 15 toneladas de dinamite.

A bomba Fat man, lançada sobre Nagasaki, era composta por plutônio 239, teoricamente mais fácil de ser obtido e mais potente do que o urânio. Porém, para que fosse utilizada, era preciso ativar um mecanismo mais complexo.

Sendo assim, foi usado um mecanismo de implosão para ativar a bomba antes que essa fissão espontânea ocorresse. Neste sentido, a consequência destas duas bombas foi a total destruição de Hiroshima e Nagasaki.

O lançamento das bombas sobre Hiroshima e Nagasaki

A bomba lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945 foi carregada pelo Enola Gay, um bombardeiro B-29 pilotado pelo coronel Paul Tibbets.

Portanto, a bomba (Little Boy) foi solta enquanto o avião sobrevoava Hiroshima a cerca de 9,5 Km de altura, explodindo no ar, cerca de 600 metros do solo.

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A segunda bomba foi lançada em Nagasaki em 9 de agosto de 1945, às 11: 02. Porém, Nagasaki não fazia parte da lista de alvos prioritários dos EUA.

Neste sentido, era um objetivo secundário por causa de sua topografia acidentada e da proximidade de um campo de prisioneiros de guerra aliados.

Assim, entre os alvos principais estava a cidade de Kokura. Entretanto, no dia do ataque, Kokura amanheceu coberta de neblina e fumaça, segundo relatório dos pilotos.

Por conta disso, a bomba foi lançada em Nagasaki carregada pelo bombardeio Bockscar, um B-29 pilotado pelo major Charles Sweeney.

Consequências das bombas sobre Hiroshima e Nagasaki

Após a explosão em Hiroshima, os impactos e os efeitos da bomba espalharam-se de maneira mais rápida que o corpo humano pudesse reagir.

Buzzfeed

Assim, a destruição sobre a cidade foi imensa e uma nuvem de calor varreu a cidade. Os relatos mais fortes falam de pessoas com a pele derretida presa ao corpo.

Os sobreviventes relatam a respeito de um forte clarão no momento da explosão, e alguns se lembram de um forte som. Contudo, mesmo com toda a destruição causada, os EUA consideraram a bomba um fracasso, pois não alcançou nem a metade do potencial esperado.

Em Nagasaki, cerca de 40 mil dos 240 mil habitantes foram mortos instantaneamente, e entre 25 mil a 60 mil ficaram feridos. No entanto, crê-se que o número total de habitantes mortos pode ter atingido os 80 mil, incluindo aqueles que morreram nos meses posteriores, pelos efeitos da radiação.

Sendo assim, somando Hiroshima e Nagasaki, não há números definitivos de quantas pessoas morreram por causa dos bombardeios, seja pela explosão imediata ou nos meses seguintes. No entanto, a estimativa aproximada de alguns cálculos ultrapassa 210 mil pessoas.

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Fontes:  BBC, Brasil Escola, História do Mundo e Mundo Educação

Imagens: Universo Racionalista, Jornal de Brasília, BBC, Pinterest e Buzzfeed

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