Imperadores Romanos: de Augusto à queda do império do Ocidente

Houve uma linhagem de imperadores romanos que assumiram o trono de um dos maiores impérios da história, conheça aqui os principais nomes.

Imperadores romanos: grandes nomes, quem foram e principais feitos

O Império Romano é o nome dado ao período pós-republicano da antiga civilização romana. Ele foi uma forma de governo onde o líder era o imperador.

Por outro lado, dinastia é a série de reis e rainhas de uma mesma família que se sucedem no governo.

O Império Romano existiu entre 27 a.C. e 476 d.C. Sendo que, ao todo, Roma teve 105 imperadoresForam várias as dinastias a sucederem ao poder.

No começo, foram os príncipes herdeiros de Júlio César. Mas depois vieram os golpes militares. Tiveram ainda os imperadores bárbaros.

Além disso, o império surgiu em Roma, com imperadores que nasceram na capital ou arredores. Mas também subiram ao poder imperadores africanos. Como por exemplo, Sétimo Severo.

Subiram ainda ao poder cidadãos romanos (que não nasceram em Roma). Como por exemplo, Adriano e Trajano. Por fim, vieram os bárbaros como Maximino Trácio. Enfim, no texto abaixo você vai conferir:

  • Dinastia Júlio-Claudiana
  • Imperadores da transição ou o ano dos 4 imperadores
  • Dinastia Flaviana
  • Dinastia Antonina (ou Nerva-Antonina)
  • Imperadores de transição / Usurpadores ou o ano dos 5 imperadores
  • Dinastia Severa
  • Imperadores da Anarquia Militar
  • Imperadores do período da restauração imperial
  • Os sucessores de Diocleciano
  • Dinastia Constantiniana
  • Dinastia Valentiana
  • Os últimos imperadores do Ocidente
  • Tentativa de restauração depois da queda do império romano do Ocidente

Dinastia Júlio-Claudiana

Em resumo, Dinastia Júlio-Cláudia ou Júlio Claudiana é o nome dado à dinastia dos cinco primeiros imperadores romanos.

Sendo que o nome depende dos nomes das famílias das árvores genealógicas. Por exemplo, quando Augusto foi adotado por seu tio-avó, Júlio César, ele adotou o seu sobrenome.

Já quando Augusto morreu, adotou seu enteado, Tibério Cláudio César Germânico, que inclui uma nova linhagem, a dos Cláudios.

Desse modo, quando Tibério adotou Calígula (que não tinha ligação de sangue), Calígula virou um Cláudio por adoção. Contudo, ele era um César por linhagem.

Enfim, os imperadores romanos da dinastia Júlio-Claudiana foram:

Imperadores da transição ou o ano dos 4 imperadores

Depois que Nero morreu sem deixar herdeiros, teve início um novo capítulo na sucessão imperial. Isso porque alguém tinha que levar adiante o império.

Com isso, houve o início do capítulo que Tácito chama de longus et unus annus. Ou mais conhecido como o ano dos 4 imperadores.

O 1º a subir ao trono foi Galba, um representante da aristocracia senatória. Em síntese, Galba tinha 73 anos e era governador da Hispânia Tarraconensis, atual Espanha.

Contudo, ele foi assassinado por Oto e seus correligionários. Isso porque, enquanto Galba estava no poder com o apoio da aristocracia, Oto nutria ambições políticas e tinha apoio dos pretorianos.

Desse modo, Oto subornou o exército, matou Galba e se tornou imperador de Roma. Mas o seu governo durou apenas 3 meses e ele morreu aos 36 anos.

Após Oto, veio Vitélio, de 54 anos, que foi escolhido como governador. No entanto, pouco depois de 8 meses no governo, Vitélio foi expulso de Roma.

Sendo assim, em seu lugar foi eleito Vespasiano Flávio. Em resumo, os imperadores romanos de transição são:

  • Galba (68 – 69)
  • Oto (69)
  • Vitélio (69)

Dinastia Flaviana

dinastia Flávia ou Flaviana foi uma das dinastias mais importantes da história de Roma. Isso porque ela proporcionou um período de estabilidade depois da tumultuada dinastia júlio-claudiana.

O 1º imperador na dinastia Flaviana foi Vespasiano Flávio. Depois dele, vieram seus filhos Tito Flávio e Domiciano Flávio.

Vale destacar que um dos maiores feitos dessa dinastia, e que hoje é um ponto turístico, foi a construção do Coliseu. Em resumo, a construção foi iniciada por Vespasiano e foi inaugurada por Tito.

Enfim, os imperadores romanos da dinastia Flaviana são:

  • Vespasiano (69 – 79)
  • Tito (79 – 81)
  • Por fim, Domiciano (81 – 96)

Dinastia Antonina (ou Nerva-Antonina)

Depois que Domiciano morreu, teve fim a sucessão por adoção dentro do próprio clã ou núcleo familiar. Ou seja, o trono do império romano deixou de passar de pai para filho, de tio para sobrinho, de irmão para irmão.

Com isso, teve início a chamada dinastia Nerva-Antonina, dinastia Antonina ou Idade Antonina.

Sendo assim, como o trono não era passado mais de pai para filho e etc, a dinastia Antoniana é chamada por muitos historiadores como “a dinastia dos imperadores adotados”.

Afinal de contas, exceto Marco Aurélio e Comodo, que eram pai e filho, todos os demais adotaram os seus sucessores.

Um detalhe importante é que essa renovação tinha começado com a dinastia Flaviana. Mas quando Vespasiano (que não era um membro do clã Júlio-Claudiano), assumiu o poder, ele passou o trono para os seus filhos.

Portanto, os imperadores romanos da dinastia Antonina foram:

  • Nerva (96 – 98)
  • Trajano (98 – 117)
  • Adriano (117 – 138)
  • Antonino Pio (138 – 161)
  • Marco Aurélio (161 – 180) corregente com Lúcio Vero até 169
  • Comodo (180 – 192)

Imperadores de transição / Usurpadores ou o ano dos 5 imperadores

Depois que Comodo morreu, o império romano passou por um período de transição entre o fim da dinastia Antonina e o início da dinastia Severa.

Dessa forma, passou de forma rápida pelo poder dois imperadores “oficiais”. São eles: Pertinax e Dídio Juliano. Em resumo, Pertinax ficou no poder por cerca de 3 meses. Mas ele foi assassinado pelos pretorianos.

Por outro lado, Dídio Juliano foi um senador rico que comprou o apoio dos pretorianos e foi ratificado pelo Senado. Mas ele não teve o apoio dos legionários. Ele acabou sendo decapitado pelos pretorianos, a mando do Senado.

O poder ia em direção a Sétimo Severo, apareceram 2 usurpadores que queriam ser imperadores. Foram eles: Pescennio Nigro e Clódio Albino.

Pescennio Nigro foi derrotado por Sétimo Severo, aclamado imperador em Roma. Contudo, foi preciso 4 anos para derrotar as facções de Clódio Albino.

Imperadores:

  • Pertinax (193)
  • Dídio Juliano (193)

Usurpadores:

  • Pescennio Nigro (193 – 194)
  • Décimo Clodio Albino (193 – 197)

Dinastia Severa

dinastia Severa é conhecida também como dinastia dos Severos. Isso porque ela teve início com Sétimo Severo.

No entanto, no mesmo ano (193) cinco homens subiram ao poder. Foram eles: Pertinax, Dídio Juliano, Pescennio Nigro, Clódio Albino e Sétimo Severo.

Houve uma pequena interrupção no período de Macrino. Mas tirando isso, a dinastia durou de 193 até 235.

Sendo assim, quando Sétimo Severo morreu, o trono ficou para seus filhos Caracala e Geta. Contudo, Caracala se torna o único imperador de Roma, depois de matar o seu irmão.

  • Sétimo Severo (193 – 211)
  • Caracala (211 – 217) corregente com o irmão Geta até 212
  • Macrino (217 – 218)
  • Heliogábalo (218 – 222)
  • E, por fim, Alexandre Severo (222 – 235)

Imperadores da Anarquia Militar

Esse período teve início com Maximino, o Trácio. Isso porque ele era considerado um bárbaro. Em síntese, o termo bárbaro era usado para todas as civilizações que não falavam grego (e/ou latim).

Maximino não tinha cidadania romana. Sendo assim, ele não teve nenhum cargo político importante. Contudo, ele subiu ao trono graças por causa do apoio dos legionários.

Uma curiosidade: Maximino era muito alto. Para você ter uma ideia, alguns escritores diziam que ele tinha 4 metros de altura! Mas o que os historiadores acreditam é que ele tinha em torno de 2m a 2,1o m.

A média na época era de apenas 1,60 m. Dessa forma, ele era tido como um gigante e muitos tinham medo dele por causa disso. Enfim, os nomes dessa época foram:

  • Maximino o Trácio (235 – 238)
  • Gordiano I (238)
  • Gordiano II (238)
  • Pupieno (238)
  • Balbino (238)
  • Gordiano III (238 – 244)
  • Filipe o Árabe (244 – 249)
  • Décio (249 – 251) Treboniano Galo (251 – 253)
  • Emiliano (253)
  • Valeriano (253 – 260)
  • Galiano (253 – 268)

Imperadores do período da restauração imperial

Os imperadores deste período buscam restabelecer uma parceria com o Senado Romano e atuar reformas militares e políticas. Sendo que, esses imperadores tiveram início com Cláudio II.

Uma curiosidade é que Cláudio II era chamado de O Gótico. Isso porque, ele teve muitas vitórias contra as tribos dos Godos, que tentavam invadir os confins do império romano.

  • Cláudio II, conhecido como Cláudio o Gótico (268 – 270)
  • Aureliano (270 – 275)
  • Cláudio Tácito (275 – 276)
  • Floriano (276)
  • Probo (276 – 282)
  • Caro (282 – 283) com os filhos Numeriano (282 – 284) e Carino (282 – 285)
  • E, por fim, Diocleciano (284 – 305) em corregência com Maximino (286 – 305)

Os sucessores de Diocleciano

O imperador Diocleciano deu fim ao período da restauração. Ou seja, depois do período de anarquia militar, ele colocou ordem na casa.

Com isso, Roma inaugurou as maiores termas da Roma Antiga, as Termas de Diocleciano, e deu início à tetrarquia. Eram dois augustos e dois césares. Dois governarão o Ocidente e outros dois o Oriente.

Isso é um fato importante, pois foi o pontapé inicial para a divisão entre império romano do ocidente e império romano do oriente.

Por fim, um nome que se destaca deste período é Constantino. Em resumo, ele foi o responsável pelo Édito de constantino ou Édito de tolerância religiosa. Com isso, o cristianismo deixou, aos poucos, de ser uma uma religião perseguida.

  • Constâncio Cloro (305 – 306) inicialmente corregente com Galério (305 – 311)
  • Flávio Severo (306 – 307)
  • Maxêncio (306 – 312)
  • Constantino I o Grande (306 – 337)
  • Maximino Daia (308 – 313)
  • Licínio (308 – 324)

Dinastia Constantiniana

Essa dinastia teve início com Constantino I, o Grande. Desse modo, os seus herdeiros adotaram o nome de Constantino ou de seu pai; Constâncio Cloro. Enfim, os nomes que de destacam neste período são:

  • Constantino (306 – 337)
  • Constantino II (337 – 340)
  • Constante (337 – 350).
  • Constâncio II (337 – 361)
  • Magnêncio (350 – 353)
  • Juliano o Apóstata (360 – 363)
  • E, por fim, Joviano (363 – 364)

Dinastia Valentiana

A dinastia Valentiana teve início com Valentiniano I. Em resumo, eles eram cristãos e deixaram para trás as “heresias” que Juliano (conhecido como Apóstata) tentou reintroduzir. Enfim, os nomes desse período são:

  • Valentiniano I (364 – 375)
  • Valente (364 – 378)
  • Graciano (367 – 383)
  • Valentiniano II (375 – 392)
  • Magno Clemente Máximo (383 – 388)
  • Teodósio I (379 – 395)
  • Honório (395 – 423)
  • João (423 – 425)
  • E, por fim, Valentiniano III (425 – 455)

Os últimos imperadores do Ocidente

Em síntese, quando Petrônio Máximo assume o poder, o império voltou às mãos de um imperador de origem romana aristocrática.

No entanto, ele não consegue se manter no poder. Nessa época, houve uma série de sucessões ao poder, com curta duração, até a Rômulo Augusto na cidade de Ravena.

  • Petrônio Máximo (455)
  • Ávito (455 – 456)
  • Majoriano (457 – 461)
  • Líbio Severo (461 – 465)
  • Antêmio (467 – 472)
  • Olíbrio (472)
  • Glicério (473 – 474)
  • Júlio Nepos (474 – 475)
  • E, por fim, Rômulo Augustolo (475 – 476)

Tentativa de restauração depois da queda do império romano do Ocidente

Em síntese, com a deposição de Rômulo Augusto, os imperadores romanos bizantinos tentaram restaurar o império no Ocidente.

Dessa forma, existiram ainda pelo menos três nomes nessa fase onde o império romano do ocidente fez uma tentativa de restauração. São eles:

  • Anastásio I (491-518)
  • Justino I (518-527)
  • Justiniano I (527-565)

Enfim, gostou de aprender um pouco sobre os líderes da Roma Antiga? Sendo assim, não deixe de conferir também como ocorreu o fim do Império Romano e o papel dos bárbaros nessa história.

Além disso, você pode gostar de aprender quem foram os gladiadores. Por fim, não deixe de conferir como era a vida na Roma Antiga.

Fontes: Toda Matéria; Todo Estudo; Sua Pesquisa; Roma Pra Você; e, por fim; Aventuras na História.

Bibliografia:

  • Saleh, J.H. Roman emperor. Palgrave Commun 5, 155 (2019).
  • M. A., Linguistics; B. A., Latin. Biography of Tiberius; 1st Century Roman Emperor. ThoughtCo.
  • Philip Milnes-Smith; From Caligula to Constantine. Tyranny and Transformation in Roman Portraiture, Journal of roman studies; ISSN 0075-4358. Nº 93. 2003, pág. 319.
  • E, por fim, “Otho, Vitellius, and the Propaganda of Vespasian”. The Classical Journal (1965). p. 267-269.

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