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Maremoto – causas, conceitos geológicos e como se originam
Maremoto é um conceito da Geografia, ocasionado pela propagação em larga escala de ondas marítimas velozes criadas por abalos sísmicos.
Por Emilly Anacleto
Maremoto é um conceito da Geografia, ocasionado pela propagação em larga escala de ondas marítimas altamente velozes criadas por abalos sísmicos, atividades tectônicas ou deslizamentos de terras submersas no oceano.
Em águas profundas, as ondas têm um período (tempo entre cada ‘crista’) contado em dezenas de minutos, e podem viajar a mais de 800 km/h, jamais ultrapassando os decímetros de altura.
No entanto, à medida que se aproximam da costa, seu período e velocidade diminuem, enquanto sua amplitude aumenta, podendo ultrapassar os 30 metros de altura.
Desastres naturais
Assim, os maremotos podem facilmente submergir a costa, inundando todo o terreno próximo e carregando tudo em seu caminho, em uma sucessão de vazantes e fluxos poderosos.
Os maremotos, quando ocasionados, podem facilmente se tornar desastres naturais altamente destrutivos, ao lado dos furacões e vulcões ativos.
Nos últimos quatro milênios, eles totalizaram mais de 600 mil vítimas, por meio de pelo menos 279 eventos históricos listados.
Formação de um maremoto
Um maremoto é criado quando uma grande massa de água é deslocada verticalmente em direção ao litoral.
Isso acontece com abalos muito fortes, como um grande terremoto, de magnitude 6,3 ou superior. Desse abalo, ondas gigantes conhecidas como tsunamis podem se formar, causando grande destruição.
Maremotos também podem acontecer via impacto de asteroide ou cometa, a queda de um iceberg ou deslizamentos de terra submersa. Um forte terremoto não produz necessariamente um tsunami.
Tudo depende da maneira (velocidade, superfície, etc.) com que a topografia subaquática (batimetria) evolui ao redor da falha e transmite a deformação para a coluna de água acima.
Propagação
Os movimentos da água geram longos comprimentos de onda (geralmente algumas centenas de quilômetros) e de grande período (alguns minutos no caso de um deslizamento a algumas dezenas de minutos no caso de um terremoto).
Alguns maremotos são capazes de se espalhar por distâncias de vários milhares de quilômetros e atingir a costa inteira de um continente em menos de um dia.
Geralmente, eles possuem origens tectônicas porque deslizamentos de terra e erupções vulcânicas produzem ondas de comprimento de onda mais curto que se dissipam mais rápido.
Efeitos
Em síntese, o tsunami são as ondas provocadas por um maremoto. Nesse sentido, a duração da elevação de um tsunami no nível da água e a quantidade deslocada em sua passagem é mais destruidora do que a altura da onda.
A força destrutiva vem da energia que ela transporta conforme se desloca no mar: ao contrário das ondulações ou ondas convencionais, que são fenômenos de superfície e de curta duração, o tsunami afeta o oceano em toda a sua profundidade e comprimento de onda.
Como a energia depende da velocidade e da massa, isso é considerável, mesmo para uma baixa elevação da superfície da costa perto do epicentro. É essa energia que é revelada pela ascensão da onda à medida que se aproxima da costa.
Conceito de maremoto e tsunami
Em termos de significado, as duas palavras representam o mesmo fenômeno, mas carregam consigo etimologias diferentes.
Maremoto vem do latim mare (mar) + motus (movimento), ao passo que tsunami vem do japonês tsu (porto) + nami (onda).
A comunidade linguística reconhece que a expressão japonesa popularizou-se no Brasil, enquanto a expressão latina é mais utilizada em Portugal.
Na prática, os maremotos são quaisquer movimentações anômalas do mar, enquanto os tsunamis seriam as (grandes) ondas provocadas pelos maremotos.
Em suma, um tsunami ocorre apenas quando as ondas atingem a área continental – quase sempre causando estragos e deixando um rastro de destruição.
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Fontes: Brasil Escola, Mundo Educação, Escola Kids
Imagens: Prepara Enem, Onda Cero, Brasil Escola
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