Medula óssea, o que é? Função, transplante e requisitos para doação

Conhecido popularmente como tutano, a medula óssea é um líquido gelatinoso retirado do interior dos ossos, envolvidos na produção de sangue.

líquido dos ossos

Quando se fala em transplante de medula óssea, entendemos que é algo relacionado ao nosso corpo humano, mas não sabemos exatamente o que é. De antemão, a medula óssea se encontra no interior dos nossos ossos, sendo um líquido gelatinoso retirado pelos médicos para ajudar outra pessoa.

De modo geral, existem doenças, como linfoma e a leucemia, que afetam as células do sangue, prejudicando o bom funcionamento da medula óssea.

Quando isto acontece, a vida de uma pessoa entra em risco, necessitando de um transplante. No entanto, a chance de encontrar um doador compatível com as células do paciente é de 1 em 100 mil.

Por isso, existe o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), onde ficam os cadastros de pessoas dispostas a doar.

Assim, quando houver algum doador compatível, o paciente recebe o transplante. Ademais, a realização da doação é um incômodo passageiro para quem doa, mas para o paciente pode significar a única oportunidade de vida.

O que é medula óssea?

Conhecido popularmente como tutano, a medula óssea fica no interior dos ossos, ou seja, é um tecido que se envolve na produção de células do sangue.

Por isso, é considerado um órgão hematopoiético, visto que é responsável pela formação dos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e as plaquetas.

Medula óssea
Tua Saúde

Os glóbulos brancos defendem o nosso organismo das infecções, já os glóbulos vermelhos transportam oxigênio dos pulmões para as células do nosso corpo, como também leva o gás carbônico para os pulmões. Por último, as plaquetas agem no sistema de coagulação do sangue.

Por outro lado, os fetos possuem a medula óssea vermelha, que diminui a quantidade de hemocitoblastos conforme o crescimento do bebê, substituindo por células adiposas. Dessa forma, a cor da medula se modifica, de vermelha para amarela.

Além disso, ao mudar de cor, a medula não produz mais sangue, apenas exerce a função de depósito de gordura. Por conseguinte, a extremidade dos ossos passa a receber produção de sangue.

Os principais hemocitoblastos são:

  • Proeritroblastos: formam os eritrócitos (hemácias), que são os glóbulos vermelhos;
  • Mieloblastos: formam os granulócitos, que são células de defesa do corpo;
  • Linfoblastos: formam os linfócitos, que são os glóbulos brancos;
  • Monoblastos: formam os monócitos; que defendem o organismo contra vírus e bactérias;
  • Megacarioblastos: formam as plaquetas, responsáveis pela cicatrização de feridas e reparação de vasos sanguíneos.

Transplante e requisitos para doação

Em suma, as pessoas com doenças como a leucemia, linfomas, síndrome mielodisplásica, anemia aplástica, trombofilia, mieloma múltiplo e tumores no tecido, necessitam de transfusão para adquirir uma medula óssea saudável.

Nestes casos, o líquido gelatinoso é retirado de uma pessoa saudável, se comprovada a compatibilidade sanguínea, para ser inserida no paciente doente.

Medula óssea
Uol

Para ser um doador(a), é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade e estar saudável. A saber, a medula óssea se recompõe em apenas 15 dias. Dessa forma, confira algumas providências que devem ser tomadas para conseguir efetuar a doação.

Como ser um doador(a):

  • Cadastro: Se cadastrar como doador voluntário de medula óssea no hemocentro da sua cidade, assim você ficará disponível em todo o Brasil.
  • Testes de compatibilidade: Preencher um formulário com dados pessoais, depois autorizar a retirada de uma amostra de sangue com 5ml para testes. São esses testes que mostram características genéticas de compatibilidade entre o doador e o paciente.
  • Sistema de transplantes: Os seus dados pessoais e os resultados dos testes ficam armazenados no sistema de saúde para detectar a necessidade de um possível transplante.
  • Doação: Caso surja algum doador compatível com a medula óssea do paciente, este é chamado para exames complementares para a doação.

Após todo esse processo, o doador é encaminhado para uma avaliação pré-operatória, onde suas condições clínicas e cardiovasculares são verificadas pelo médico. Isto porque, a equipe de anestesia precisa ter o controle de todo o procedimento.

Por conseguinte, o doador entra no centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral para realizar a retirada da medula óssea.

Após o procedimento, o doador deve permanecer internado no mínimo 24 horas, além de fazer uso de analgésicos durante os três primeiros dias, a fim de amenizar desconfortos locais, considerados leves ou moderados.

Geralmente, os doadores conseguem retornar suas atividades normalmente após uma semana. Isto porque a quantidade de medula óssea retirada é de no máximo 15%, que se recupera em 15 dias. Lembrando que a doação não prejudica a saúde de quem doa, apenas causa incômodos provenientes do procedimento.

Por fim, o que achou dessa matéria sobre medula óssea? Se gostou, confira também: Tipos sanguíneos – Por que existem, quais são e quem doa para quem?

Fontes: Info Escola, Redome e Unimed

Imagens: Tua Saúde, Três lagoas, e Uol

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