Método Indutivo: o que é, conceito, principais características e exemplo

O método indutivo tem como base a dedução, ou seja, na análise de algo específico para chegar a uma verdade. Entenda como ele funciona

método indutivo

O método indutivo consiste na análise de algo em busca da verdade, partindo da análise específica para chegar a algo generalizado. Por exemplo, ao verificar que certos corvos são pretos, esse método pode fazer um salto indutivo e concluir que todos os corvos são negros.

No geral, o método indutivo é muito usado na ciência para sugerir uma verdade, mas não pode garantir que essa verdade seja concreta. Além do indutivo, existe também o método dedutivo que possibilita a teorização daquilo que não pode ser demonstrado na prática.

O que é o método indutivo?

O método indutivo tem como base a dedução, ou seja, na análise de algo específico para chegar a uma verdade. Neste caso, a conclusão genérica pode ser verdadeira ou falsa. Portanto, com base em uma ideia inicial – que pode ser verdade ou não – aplica-se este método.

Mas como assim? Observe estas afirmações: todo cão é mortal, todo gato é mortal, todo pássaro é mortal. O que isso quer dizer?

Bem, por meio da aplicação do método, ou seja – observação do fato/fenômeno, descoberta da relação entre os fenômenos e a conclusão genérica – é possível dizer que todos os animais são mortais. O método indutivo também pode ser uma forma de gerar novos conhecimentos.

Dessa forma, a conclusão pode ser um resultado que não estava previsto na premissa, ou seja, na ideia inicial. Neste caso, a pesquisa partiu da ideia verdadeira que cão, gato e pássaro são mortais e conclui que todos os animais são mortais.

Observe, então, que a análise foi feita a partir de situações específicas – cão, gato, pássaro – para chegar numa regra geral – todos os animais. Portanto, o método é muito usado na ciência para sugerir uma verdade, mas não pode garantir que essa verdade seja concreta.

Como ele funciona?

O método indutivo funciona por meio da percepção dos fenômenos e a argumentação com base em premissas. Bacon divide esse estudo em algumas etapas para a conclusão verdadeira ou falsa, são elas:

  • Coleta ou observação dos fenômenos: Nessa etapa ocorre a seleção e reunião de dados por meio da observação dos fatos ou fenômenos.
  • Sistematização dos dados: Ocorre a organização do material coletado na primeira etapa, o qual o pesquisador deverá usar de forma racional e sistemática, identificando a relação existente entre os dados e os fatos ou fenômenos.
  • Elaboração de hipóteses: Nessa fase o pesquisador deve elaborar perguntas a partir da proposta inicial, feita pela observação.
  • Conclusão: Por fim, nessa etapa ocorre o entendimento final das experimentações.

Como este é um campo das ciências naturais, o método também envolve contextos matemáticos, por meio da estatísticas e probabilidade. Exemplo disso é a enumeração que remete ao raciocínio indutivo, baseado na contagem, tais como: A=1, B=2, C=3, D=4 por indução E=5.

Outro exemplo disso é o raciocínio: Cobre conduz energia, zinco conduz energia, cobalto conduz energia. Portanto, cobre, zinco e cobalto são metais. Logo, (todo) metal conduz energia.

Leia também: O que é ciência: tudo o que você precisa saber sobre essa questão

Francis Bacon e a criação do método indutivo

O cientista e filósofo Francis Bacos, foi quem distinguiu a questão do que era ou não ciência. Para ele, os fatos propostos pela filosofia não são verdades absolutas, já que não eram passíveis de provação.

Além disso, o filósofo foi o primeiro a usar o método experimental. Francis questionava as ideias que não eram cientificamente verídicas e acreditava na teorização das coisas e da natureza. Com isso, o filósofo incentivou os estudos pautados na teoria e na experiência.

Karl Popper e a crítica ao método indutivo

A grande crítica de Karl Popper ao método indutivo, é porque este método faz um salto indutivo, generalizando conclusões de alguns para todos. Para Popper, esse salto exigiria que a observação de fatos fosse infinita, para que a conclusão pudesse englobar todos.

Com base nisso, Popper sugere uma atitude crítica e racional, a partir da construção de hipóteses que devem ser testadas. Ele defendia ainda as discussões para construir críticas e confrontar fatos. Desse modo, no final da verificação, as hipóteses que sobrevivem são as mais aptas à resolução das questões problemáticas.

No fim das contas, a grande diferença entre o método hipotético-dedutivo de Popper e o método indutivo é que o método de Popper não se limita às generalizações como ocorre com o indutivo.

Diferenças entre o método indutivo e o dedutivo

O conceito de método indutivo e dedutivo é semelhante, pois os dois tipos de pesquisa científica iniciam com uma ideia verdadeira no intuito de chegar à verdade. Mas então, o que difere os dois métodos?

Bom, enquanto o método indutivo parte da análise específica para chegar a algo generalizado, o método dedutivo inicia com a análise generalizada para chegar no específico. Dessa forma, o método dedutivo é importante em disciplinas exatas, pois possibilita a teorização daquilo que não pode ser demonstrado na prática.

Além disso, na indução, a pesquisa parte de uma ideia verdadeira com o intuito de sugerir a verdade, porém, não pode garanti-la. Já no método dedutivo, a conclusão é obtida por meio de teorias já existentes e, por isso, são consideradas verdades.

E então, gostou da matéria? Aproveitando o assunto, confira também O que é um método científico e quais são suas etapas?

Fontes: Toda Matéria, Todo Estudo, Mettzer, Educa mais Brasil, Significados e Meu artigo Brasil Escola.

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