Bandeirismo: O que é e como ele ampliou o território nacional

O Bandeirismo foi um movimento realizado pelos Bandeirantes para ampliar suas áreas de dominação, que se resumiam apenas às terras paulistas.

O Bandeirismo ampliou o território nacional e descobrir muita riqueza

O Bandeirismo foi um movimento expansionista desenvolvido por São Paulo, sendo que se dirigiram para o interior da colônia. Isso se seu nos séculos XVII e XVIII.

Os Bandeirantes queriam ampliar suas áreas de dominação, para que pudessem ir muito além das fronteiras paulistas.

Com o tempo eles empurraram a fronteira espanhola, portanto aumentando o território português na América.

Por que existiu o Bandeirismo?

A pobreza da população paulista, acima de tudo, foi o motivo principal. No fim do século XVI, a Capitania de São Vicente estava em decadência.

Não era viável investir na economia açucareira, por causa de solo pobre das terras litorâneas. E tinha também o limite imposto pela serra do Mar.

Os paulistas estavam isolados e sem uma lavoura de porte capaz de atrair os interesses de Lisboa. Produziam apenas gêneros de subsistência e viviam em situação calamitosa.

Esses fatores impulsionaram os Bandeirantes na busca das possíveis riquezas nos sertões, por exemplo, índios destinados à escravidão e metais preciosos.

O Bandeirismo ocorreu de três formas:

  • Bandeirismo de Preação (ou apresamento): o objetivo era a captura dos índios com o fim de escravidão.
  • O Bandeirismo de Contrato: o objetivo era recapturar escravos fugitivos e destruir quilombos.
  • Bandeirismo de Prospecção: visava buscar minérios preciosos.

O Bandeirismo ampliou o território nacional e descobrir muita riqueza

A realidade de São Paulo no século XVII

A Vila de São Paulo de Piratininga, no início do século XVII, era pobre e de habitantes na maioria de mamelucos, que é a mistura do branco com o índio.

Muitos eram os que dormiam em redes e comiam carne de caça e de peixes, frutas e farinha, milho, feijão e mandioca, por exemplo.

Era comum organizarem Bandeiras visando o apresamento de índios para a escravidão, sendo eles chamados de “negros da terra”.

O Bandeirismo de Preação do índio

Inicialmente a preação (captura) do índio bravio acontecia nas matas e se destinava à mão de obra ali mesmo em São Paulo.

Mas no século XVII faltavam braços escravos nos engenhos litorâneos e então o apresamento de indígenas se transformou numa atividade lucrativa.

Por isso que, entre 1612 e 1628, o Bandeirante paulista Manuel Preto atacou diversas vezes a missão jesuítica de Guairá e aprisionou milhares de índios.

Em 1629 a Bandeira de Antônio Raposo Tavares atacou com tal violência as missões que os jesuítas fugiram para outros locais.

Os religiosos se fixaram em Tapes, no Rio Grande do Sul, e Itatim, no Mato Grosso, só que foi inútil todo o esforço.

Essas missões foram destruídas entre 1637 e 1648 pelo mesmo Raposo Tavares, que entrou para a história como destaque no Bandeirismo de Preação.

O Bandeirismo ampliou o território nacional e descobrir muita riqueza

Deve-se ressaltar que o Bandeirismo de Preação coincide com invasão holandesa das feitorias da África e a crise de falta de africanos no Brasil.

Em 1640 o tráfico de negros foi normalizado e o Bandeirismo de Preação entrou em declínio.

O Bandeirismo de Contrato e seu caráter militar

Na segunda metade do século XVII, os Bandeirantes trabalhavam para os proprietários rurais do Nordeste e para a própria Coroa portuguesa.

Eles combatiam os índios hostis e destruíam os quilombos, local de moradia dos escravos foragidos.

Portanto, eles assinavam um contrato, onde constava a remuneração ou compensação, e a Bandeira passava a possuir caráter militar.

Podemos mencionar nessa época as Guerras Justas (contra índios do Norte do Brasil) e a Guerra dos Bárbaros. Sendo assim, a última destruiu a Confederação dos Cariris, no Ceará e Rio Grande do Norte.

A mais famosa atuação do Bandeirismo de Contrato, no entanto, foi a destruição do Quilombo dos Palmares (1695), por Domingos Jorge Velho.

O Bandeirismo de Prospecção na busca de minérios preciosos

As Bandeiras de Prospecção nasceram na metade final do século XVII.

Na década de 1690 foi descoberto ouro no Sertão do Cuieté, nas Serras Gerais, hoje o Estado de Minas Gerais.

A interiorização do povoamento deu origem às capitanias de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

Os principais Bandeirantes de Prospecção foram Fernão Dias Pais, Antônio Rodrigues Arzão, Pascoal Moreira Cabral e Bartolomeu Bueno da Silva.

Você sabia?

O Bandeirismo ampliou o território português na América, já que tomou grandes áreas do domínio espanhol.

No percurso pelo interior, quando a comida ameaçava acabar, as Bandeiras montavam um acampamento para plantar e repor as provisões.

Em 14 de novembro é comemorado o Dia dos Bandeirantes.

Legal conhecer o Bandeirismo, não é? Então não deixe de ler também sobre o que eram as capitanias hereditárias.

Fonte: Resumo Escolar, História de Tudo, Cola da Web, Meus Resumos, Colégio Web, Meus Resumos.

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