A definição de partícula compreende diversos significados presentes na física, química e até na gramática. Isso porque é um termo utilizado para se referir a várias partes menores de uma matéria. Com isso, as partículas podem ser contadas, além de adquirir diferentes categorias dependendo da circunstância.
Quimicamente falando, por exemplo, o termo partícula se refere aos fragmentos de uma matéria que compõem um corpo. Dessa forma, as moléculas e átomos de um elemento químico são considerados partículas. Além disso, as partículas indivisíveis de um elemento recebem o nome de partículas elementares.
Visto isso, as partículas elementares formam a parte principal de uma matéria. No ramo da física, esse tipo de partícula é estudado pela física das partículas. Assim, questões como os aceleradores – máquinas responsáveis por colidir partículas – são desenvolvidos com o intuito de gerar novos elementos subatômicos.
As partículas estão presentes até mesmo na gramática. Ou seja, o termo é utilizado para se referir a partes que não sofrem alteração dentro de uma oração. Além disso, pode ser usado com o objetivo de formar vocábulos. Na linguagem coloquial, por exemplo, partícula se refere a sedimentos ou resíduos presentes em alguma coisa.
Características da partícula
De forma geral, as partículas são elementos presentes em todas as partes que compõe o universo. Na física, por exemplo, existem elementos denominados partículas subatômicas. Esse tipo de partícula está presente em átomos e moléculas. Nesse sentido, as partículas subatômicas são divididas em neutrino, elétrons, quarks, fótons e glúon, dentre outras.
Os neutrinos são partículas classificadas por não possuir carga elétrica, além de ser a forma mais leve de uma matéria.
Por outro lado, os elétrons são partículas de carga negativa presentes nos átomos. Eles, aliás, foram o primeiro tipo de partícula descoberta, em 1897.
Já os quarks são partículas consideradas elementares. Ou seja, não apresentam unidades menores em sua composição. Em relação à matéria, é um dos elementos básicos para sua formação de prótons e nêutrons.
Agora, os fótons são partículas presentes na luz. Esse tipo de partícula é responsável pelo transporte de energia durante radiações eletromagnéticas. Visto isso, as partículas podem ser encontradas em todas as coisas.
O estudo desses elementos começou, então, durante o século XX em que se descobriu 200 tipos de partículas. Muitos dos estudos feitos por cientistas resultaram em leis que determinam a questão das relações e interações de cada tipo de partícula.
Física de partículas
Como já mencionamos, na Física existe um termo para designar os elementos indivisíveis, as chamadas partículas elementares. Assim, a física das partículas é o ramo da ciência responsável por analisar as partículas elementares de uma matéria. Além disso, a radiação presente na matéria e a interação que ocorre entre as partículas também é estudado por essa parte da física.
Neste caso, as partículas elementares são os elementos presentes dentro de outra partícula e que são indivisíveis, como no caso dos quarks. Mas, como os cientistas chegaram à conclusão desses estudos? Bom, o caminho foi longo. Ou seja, foram diversos estudos e diferentes cientistas envolvidos até chegar às conclusões de hoje.
Os estudos das partículas começaram, então, com os gregos. Tales de Mileto foi o primeiro cientista a desenvolver pesquisas que incluíam as partículas, quando estudou questões relacionadas à eletricidade. Em seguida, Demócrito desenvolveu estudos sobre a matéria e afirmou que as partículas podiam ser divididas até chegar ao ponto fundamental de sua formação. Foi assim que a ideia de átomo começou a ser elaborada.
A partir disso, acreditava-se que as partículas elementares de um átomo, por exemplo, eram os elétrons, prótons e nêutrons. Essa ideia perdurou até o ano de 1932, onde os cientistas acreditavam que essas partículas eram elementares, além de serem as formadoras da matéria do mundo.
Porém, com a evolução das pesquisas e das técnicas utilizados pelos cientistas, diversas outras partículas começaram a surgir entre 1932 e 1947. Como exemplo, o neutrino, descoberto pelo italiano Enrico Fermi, em 1933.
Evolução das pesquisas
Com as pesquisas se intensificando, em 1933, foi descoberto um novo método para identificar partículas. Nesse sentido, o método era baseado na emulsão fotográfica, que usava a luz como parte do processo. Com isso, diversas partículas foram identificadas, dentre elas o múon e o píon.
Em 1947, os cientistas já haviam descoberto, aproximadamente, 200 tipos diferentes de partículas. Dessa forma, com tantas descobertas feitas, a meta era classificar os tipos de partículas e organizá-las de acordo com as propriedades, características em comum e simetrias que apresentavam.
Com a evolução das pesquisas, cientistas como Murray Gell-Mann e Georg Zweig concluíram que, grande parte das partículas que foram classificadas como elementares, na verdade, eram formadas por partículas ainda menores. A partir disso, os pesquisadores conseguiram organizar as descobertas em grupos que compartilhavam de características comuns.
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