Quantos países existem no mundo? [2022]

Os países que existem no mundo são 195, seguindo aos que estão integrados a ONU, mas existem muitas variantes, atreladas à fatores políticos.

Quantos países existem no mundo? História, conceitos e geopolítica.

Ao todo, existem 195 países no mundo divididos em seis continentes: África Antártica, Ásia, Oceania, Europa e América. Contudo, existem países que não se incluem na Organização das Nações Unidas, como a Santa Fé (Vaticano) e a Palestina, considerados países observadores.

Esses países são observadores permanentes, tendo recebido convites para participar das sessões de reunião da Assembleia Geral e manter missões permanentes na Sede da Organização.

O conceito de país vem do italiano paese, originário de pagus (aldeia), que tem ligação etimológica com a palavra “pagão”. No entanto, país, pátria, patriarcado e pagão tem a mesma raiz etimológica. Contudo, os países no mundo são também denominados de estados, nações ou territórios, embora esses conceitos possuem diferenciações.

Conceito de estado, território, nação e país

Muitas vezes, esses conceitos são utilizados como sinônimos, mas cada termo se refere a conceitos distintos. Além disso, todos esses conceitos são muito importantes para a geografia e para o entendimento do mundo atual.

  • Estado: forma de organização da sociedade sobre os fatores políticos, jurídicos e divisões de poderes legislativos, executivos, e judiciários. Além disso, existem as forças armadas para garantir a soberania desse estado.
  • Estado-nação: nação que se constitui como um estado soberano. Existem estados-nação que abrangem diversas nações como o Reino Unido (reúne as nações inglesas, galesas, escocesas e norte-irlandesas)
  • Nação: coletivo humano com características comuns, como a língua e a religião. Basicamente, a ligação entre os membros desse coletivo se dá por laços históricos, étnicos e culturais. Neste sentido, existem nações que almejam ainda se constituir como estados como os tibetanos, na China, e os Curdos, espalhados na Turquia, no Irã, Iraque, Síria, Armênia e Azerbaijão.
  • Território: o território de um país é a base física sobre a qual o estado exerce a sua soberania. Assim, esse é delimitado por limites políticos, que podem ser naturais, como rio, cordilheiras, etc. Ou artificiais, estabelecidos sobre outros elementos.
  • País: é um território politicamente delimitado com comunidades político administrativas, moeda própria, reconhecimentos internacionais e habitado por uma comunidade com história e cultura próprias, embora diversificada. Portanto, todos os países são constituídos por alguns elementos básicos e indispensáveis; estado constituído, soberania e constituição.

Os países no mundo e a formação dos estados

Basicamente, os estados nacionais, como são atualmente conhecidos, se formaram historicamente a partir dos estados territoriais.

No entanto, esses estados foram organizados pelo poder soberano dos reis com a ascensão do absolutismo na Europa Ocidental e sua dominação sobre os súditos. Posteriormente, e progressivamente, o poder se associou ao espaço na formação dos estados territoriais.

Neste sentido, vale lembrar que os países no mundo seguem ainda o conceito de poder estatal juntamente com a divisão territorial, representada fisicamente por suas fronteiras. A propósito, é importante lembrar que, diferentemente dos países atuais, o poder no absolutismo era sustentado por dois fatores:

  • Riqueza patrimonial: constituído por terras, barras de ouro, especiarias, etc.
  • Famílias reais: poder dinástico centrado na pessoa do rei.

A propósito, vale lembrar que a associação entre poder e espaço territorial se fortaleceu mais após a revolução francesa. Portanto, isso aconteceu com a constituição do estado burguês, onde a figura do súdito se transformou na figura do cidadão.

Assim, o novo sujeito já tinha novas prerrogativas como os direitos universais de igualdade, liberdade e fraternidade, comum a todos.

Conceito de estado moderno

Uma das características principais da idade moderna são o fortalecimento e a centralização do poder do rei. No entanto, esse fortalecimento não se deu de forma natural e sim de forma fundamentada.

Portanto, as principais ideias que fundamentaram o ideário de poder foram as de Thomas Hobbes (1588-1679) e as de John Locke (1632-1704), que levaram ao absolutismo.

No entanto, algumas concepções desses dois autores ainda vigoram nas bases da organização de muitos países, principalmente em suas constituições. Basicamente, na concepção de Thomas Hobbes, dois conceitos se sobressaem, o conceito de sociedade civil e o conceito de soberano.

A sociedade civil é compreendida como um grupo humano uno, homogêneo que compartilha as mesmas crenças, bens e costumes. Além disso,  possui um destino comum, a sociedade civil, a qual seria a fonte do poder político. Por outro lado, o soberano tem o poder representado pelo interesse coletivo.

Ou seja, essa entidade maior ficaria responsável pelo coletivo, desde que orientada pelas seguintes regras: A de consenso, de submissão a um poder político central e inquestionável. 

Neste sentido, na visão de Hobbes, a sociedade precisaria de um estado cujos limites territoriais embelezavam o poder do soberano. A propósito, vale lembrar que este poder soberano , passa para as mãos do poder burguês, posteriormente à  revolução francesa.

Porém, é importante lembrar que para se entender quantos países existem no mundo é preciso ter ideia da existência de poderes centrais. Assim, as instituições de cada país representam o poder que antes era concebido como absoluto. Portanto, hoje o Estado deve coexistir com os direitos de cada cidadão, diferentemente do estado absoluto.

Países no mundo e a ONU

Primeiramente, hoje o conceito de estado deve reunir os seguintes requisitos;

  • População permanente;
  • Território determinado;
  • Governo;
  • Capacidade de entrar em relação com os demais estados.

A propósito, estes requisitos foram promulgados em 26 de dezembro de 1933, por ocasião da sétima Conferência internacional americana, realizada em Montevidéu (Uruguai) pautada sobre os direitos e deveres do estado.

Além disso, todas as prerrogativas estabelecidas nesta conferência eram relacionadas à integração das nações ao direito internacional. Assim, os países são protegidos por normas estabelecidas conjuntamente, por meio de votação das resoluções.

Polêmica em torno da palestina

Na atualidade, 137 países reconhecem a Palestina como um estado soberano, cerca de 70% dos países do mundo. Ainda assim,  em 2011, o país adquiriu o status de Estado observador com 107 votos. No entanto, é importante lembrar que a Palestina já é reconhecida como estado-membro pela liga dos países árabes, desde 1976.

Contudo, mesmo sendo membro da UNESCO, a Palestina ainda não faz parte da Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A propósito, vale lembrar que para um país ser admitido como Estado soberano, é preciso o cumprimento de alguns requisitos, que são embasados na convenção de Montevidéu, já apresentados neste artigo. Isso significa que, segundo esses requisitos, fica bem claro que a Palestina já os atende, e que o seu não ingresso na ONU é puramente geopolítico.

A polêmica de Taiwan

Antes de mais nada, dos países que existem no mundo, Taiwan é um dos mais instáveis. A princípio, Taiwan tem sido parte inalienável do território da China desde a antiguidade.

Isso significa que o cultivo desse território e o seu desbravamento remontam 1700 anos atrás. No entanto, em 1624 foi ocupado por colonizadores holandeses e depois recuperado em 1662 pelo Zhen Chen Gong, herói nacional da China.

Posteriormente, em 1684, a dinastia Qing estabeleceu o governo local de Taiwan subordinado à província de Fujian. Porém, depois de algum tempo, em 1885 se estabeleceu oficialmente a província de Taiwan.

Posteriormente, o Japão ocupou essa província em 1895.  Contudo, em 25 de outubro de 1945, Taiwan voltou à administração chinesa. Assim, a partir desta data Taiwan se torna oficialmente território chinês.

Porém, quando a China se proclamou República Popular da China, implantando o regime comunista de Mao Tse-Tung, o regime de Jiang Jieshi retirou-se para Taiwan. Portanto, Jiang Jieshi tornou esse território seu abrigo, com o apoio dos EUA.

Como resultado, a independência desse território foi fundamentada em um separatismo geopolítico. Neste sentido, a Inglaterra e os EUA defendem o ato separatista para desestabilizar a China enquanto potência atual.

Países com maiores populações

Basicamente, a população mundial já ultrapassou a 7,874 bilhões. A seguir estão classificados alguns países que existem no mundo, mais populosos:

  • China: 1.1411 780 000
  • Índia: 1.380.004 385
  • Estados Unidos: 331 449 281
  • Indonésia: 273 523 615
  • Paquistão: 220 892 340
  • Brasil: 211 755 692
  • Nigéria: 206 139 589

Alguns Países com menores populações

  • Gibraltar (reino Unido): 33 691
  • Ilhas Virgens Britânicas: 30 231
  • Vaticano: 801
  • Ilhas Pitcairn (reino Unido): 50

Alguns países de maior e menor extensão territorial

Países que existem no mundo com maior extensão territorial em km²:

  • Rússia: 17 098 246
  • Canadá: 9 984 670
  • China: 9 596 961
  • Estados Unidos: 9 525 017
  • Brasil: 8 510 295
  • Austrália: 7 692 024

Países que existem no mundo com menor extensão territorial:

  • Porto rico: 8875
  • Ilhas canárias: 7447
  • Mônaco: 1,95
  • Vaticano: 0,44

Países no mundo e o Conceito de IDH

A princípio, o IDH é o índice de desenvolvimento humano que é definido com base em três critérios: expectativa de vida, nível de escolaridade e renda nacional per capita.

No entanto,  ele foi instituído pela primeira vez em 1990, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A propósito, é importante lembrar que esse indicador foi criado pelo paquistanês Mahbub Ul Haq e pelo indiano Amartya Sem.

Acima de tudo, esta comparação incluindo as variáveis  de educação, saúde e renda, permite a comparação entre todos os países do globo. Além disso, serve como referência para medir as respostas que cada país elabora para tão importantes demandas.

Neste sentido, o IDH varia de 1 a 0, quanto mais próximo do zero, menor é o indicador para esses quesitos (educação, saúde e renda). Por outro lado,  quanto mais próximo do 1 as condições que o país apresenta em relação a esse quesitos, são melhores.

Alguns países que existem no mundo com maiores IDHs:

  • Noruega: 0,957
  • Suíça e Irlanda: 0,955
  • Islândia: 0,949
  • Alemanha: 0,947
  • Suécia: 0,945
  • Austrália e Holanda: 0,944
  • Dinamarca: 0, 940?
  • Singapura e Finlândia: 0,938

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Fontes: Melhores Destinos, Brasil Escola, G1 Globo, Segue Viagem

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