Revolução de Fevereiro, o que foi? Contexto histórico e o fim do absolutismo

A luta dos trabalhadores das indústrias, camponeses e soldados russos para derrubar Czar Nicolau II foi conquistada com a Revolução de Fevereiro.

Revolução de Fevereiro

A Revolução de Fevereiro ocorreu em 1917, no mesmo mês do nome do movimento, visto que representou o fim do absolutismo na Rússia. De modo geral, a partir do século XIX, a servidão camponesa foi abolida no país, mas acabou enfraquecendo as condições sociais e econômicas na indústria.

Na época, quem governava a Rússia era Nicolau II, que exercia o absolutismo por meio do sistema czarista, que já durava 300 anos. Dessa forma, ele estabeleceu altos impostos para a sociedade, deixando a miséria se estabelecer entre os mais pobres.

Nesse sentido, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi o impulso para a revolta dos russos, visto que a manutenção da guerra custava caro, como também o número de mortos no conflito foi alto.

Por isso, vamos aprender um pouco mais sobre a Revolução de Fevereiro, o contexto histórico e o fim do absolutismo na Rússia.

A Revolução de Fevereiro

De modo geral, a Revolução de Fevereiro foi criada para derrubar o absolutista Czar Nicolau II. Naquela época, os trabalhadores das indústrias, os camponeses e os soldados russos estavam insatisfeitos com as medidas tomadas pelo império russo.

Revolução de Fevereiro
Esquerda Diário

Diante disto, o povo foi para as ruas em luta pelos seus direitos, com manifestações, greves e ativistas gritando por condições melhores de trabalho. No entanto, Nicolau II deu ordem para disparar contra os manifestantes. Porém, os  policiais é que foram desarmados e espancados pela multidão.

Este momento é que foi denominado Revolução de Fevereiro, onde os grevistas e manifestantes receberam apoio da cavalaria do governo e tropas de elites, que permitiram o avanço dos revolucionários.

Após vencerem o dia 27 de fevereiro de 1917, a capital da Rússia estava sob o comando dos trabalhadores e dos soldados. Assim, os sovietes (conselho de trabalhadores) foi restituído para ajudar a comandar o governo provisório.

Foi então que, o imperador absolutista não resistiu à pressão e abandonou o trono, deixando-o para os liberais e progressistas do partido menchevique.

Sobretudo, a ideia inicial já era entregar o poder nas mãos da burguesia, assim se cumpriria o objetivo de introduzir a Rússia no socialismo, por meio do desenvolvimento das indústrias.

A saber, os sovietes (Conselho de operários, camponeses e soldados) conseguiram derrubar os Mencheviques do poder, em outubro de 1917, quando os bolcheviques tomaram posse, implantando a Revolução Socialista da Rússia.

A Revolução de Outubro

Uma nova revolta aconteceu em 25 de outubro de 1917, setes meses depois da Revolução de Fevereiro. Dessa forma, o líder dos bolcheviques Vladimir Lenin passou a controlar o governo provisório.

A saber, ele tentou manter a Rússia na Primeira Guerra Mundial, mas teve que se retirar por falta de condições da tropa.

Império russo
Causa Operária

Posteriormente, o exército vermelho (revolucionários) derrotou o exército branco (antissocialistas) na sangrenta Guerra Civil. Desde então, o novo comando construiu condições de enfrentar batalhas mais duras, tanto sociais quanto econômicas.

Como resultado, a Revolução de Outubro, protagonizada por Lenin, restaurou as condições de trabalho, salário e melhoria de vida dos trabalhadores das indústrias russas.

Por outro lado, a morte de Lenin provocou uma nova realidade, trazendo à tona outras situações, ainda não resolvidas pela Revolução de Fevereiro.

Stalin assumiu como secretário-geral do Partido Comunista em 1922, iniciando o regime de stalinismo, uma das ditaduras mais cruéis do século XX.

Por fim, o povo russo lutou bravamente pelos seus direitos, mas a sede pelo poder originada dos líderes acabou destruindo os planos coletivos, aqueles que são verdadeiramente em benefício de todos.

O que achou dessa matéria sobre a Revolução de Fevereiro? Se gostou, confira também: Revolução Chinesa – História, antecedentes, conflitos e consequências

Fontes: Brasil Escola, Prepara Enem, Uol, e Marxismo

Imagens: Blog de Canhota, Esquerda Diário e Causa Operária

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