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Revolução Puritana – Definição, causas e consequências
Revolução Puritana foi um conflito na Inglaterra, no século XVII. Na ocasião, o parlamento e o rei se enfrentaram em busca do poder do país.
Por Rafael Braga
Revolução Puritana foi um conflito acontecido na Inglaterra do século XVII, em que o parlamento e a monarquia entraram em conflito. A revolução se desenvolveu após uma divergência política e é considerado como o primeiro episódio da Revolução Inglesa.
O parlamento impôs uma petição ao rei Carlos I, com uma série de imposições que deveriam passar primeiro pelo próprio parlamento. O rei aceitou a petição, porém acabou não cumprindo o combinado, gerando insatisfação.
Todavia, a Revolução Puritana foi um momento histórico da Inglaterra. Durante o século XVII, a também conhecida Guerra Civil Inglesa revolucionou a forma que o poder era distribuído no país, fazendo com que a monarquia desse espaço a um estado liberal.
O que foi a Revolução Puritana?
A Revolução Puritana foi um conflito na Inglaterra, durante o século XVII, envolvendo a monarquia e o parlamento. O rei Carlos I discordava politicamente do parlamento e governava de forma autoritária, conservadora e absolutista.
Todavia, naquele tempo a Irlanda era economicamente independente da Inglaterra, que na figura do rei, tinha como objetivo aumentar os impostos como forma de arrecadação maior. Entretanto, o rei precisava de uma aprovação do parlamento, que exigiu uma petição.
Nesse sentido, problemas relacionados a impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército dependiam de autorização dos parlamentares. Contrariado, o rei acatou as medidas, mas fechou o parlamento por 11 anos, dando início à Revolução Puritana.
Causas
A Revolução Puritana estourou em 1642, após tentativa de retomada do poder por parte do rei. Conservador, Carlos I tinha como aliados os católicos e os anglicanos, que lutavam contra presbiterianos e puritanos, representando o parlamento.
Contudo, as divergências políticas tiveram início com a morte de Jaime I. Posteriormente ao seu falecimento, Carlos I assumiu o trono em 1625. A dinastia dos Stuart era responsável por implantar mudanças conservadoras, aliando-se à Igreja Católica.
Todavia, algumas atitudes reais causaram revoltas, como os protestos na Escócia após imposição do anglicanismo aos presbiterianos e puritanos. Além do conservadorismo católico, Carlos I também apreciava o fato dos fiéis nunca questionarem o poder real.
Desenvolvimento da Revolução Puritana
Os conflitos entre o rei Carlos I e o parlamento resultaram na criação de uma milícia que deveria garantir a existência do parlamento britânico. Esse fato fez com que Carlos I organizasse um exército que lutasse em seu nome.
Nesse sentido, a Revolta Puritana foi o embate entre as tropas reais e o exército popular financiado pelo parlamento. Os populares eram em sua maioria puritanos (calvinistas) e foram liderados por Oliver Cromwell.
Esses mesmos populares se dividiram entre os diggers e os levellers. Enquanto os primeiros eram a favor da reforma agrária, garantindo terra para os camponeses, os últimos lutavam por igualdade jurídica e liberdade de religião.
Cromwell foi responsável por vitórias que garantiram conquistas democráticas para os ingleses. Em uma última batalha, capturaram o rei Carlos I, que terminou decapitado em janeiro de 1649.
Consequências da revolução
Com o fim da Revolução Puritana, a monarquia inglesa chegou ao fim e deu lugar a um governo republicano. Oliver Cromwell ganhou o título de Lorde Protetor da República em um período conhecido como Commonwealth, que acabou fracassando com a ditadura excludente imposta por Oliver Cromwell.
Por fim, após um breve período governado pelo filho de Cromwell, Richard, o parlamento restaurou a monarquia em 1658. Nesse sentido, a monarquia parlamentar foi instaurada e, após acordos políticos, Charles II assumiu o trono inglês.
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Fontes: História do Mundo, Toda Matéria, Infoescola, Brasil Escola
Imagens: Brainly, Politize, Trota Mundos Blog, Estado de Minas, Diário Causa Operária,
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