Teoria do octeto – Conceito, aplicações e exemplos de ligações químicas

A Teoria do octeto defende a estabilidade dos elementos químicos em sua última camada de energia, por meio do compartilhamento de elétrons.

A Teoria do octeto ou Regra do octeto, consiste em um conceito, elaborado pelo químico Newton Lewis, que defende que os átomos tendem a adquirir estabilidade por meio do compartilhamento, doação ou recebimento de elétrons em suas camadas de valência.

Desse modo, a estabilidade é adquirida quando o átomo atinge a carga de oito elétrons em sua última camada de distribuição eletrônica, isto é, camada de valência.

Essas configurações tornam cada átomo estável de modo semelhante aos chamados gases nobres, que naturalmente já apresentam a numeração. O único que foge à regra é o Hélio (He), que possui apenas 2 elétrons.

Entenda agora como funciona a Teoria do octeto, o que é a distribuição eletrônica, assim como quais são os principais exemplos de ligações químicas e os elementos que não obedecem à regra.

Entenda a Teoria do Octeto

Em primeiro lugar, os átomos constituem a matéria prima de qualquer matéria existente no universo. Ao redor de cada um desses átomos, existe uma zona de energia, onde estão localizados os elétrons, isto é, partículas que apresentam cargas negativas. Essa região é chamada de eletrosfera.

Esses elétrons estão distribuídos em sete camadas ao redor do núcleo do átomo (K, L, M, N, O, P e Q). Por sua vez, cada uma dessas divisões suporta uma quantidade máxima de elementos de atração.

Para entender a Teoria do octeto, precisamos adentrar em uma outra definição, que especifica como ocorre a distribuição desses átomos ao redor do núcleo. Esse conceito é a distribuição eletrônica, esquematizada no Diagrama de Linus Pauling.

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Conforme mostrado na imagem, a eletrosfera é dividida em diferentes níveis e subníveis de energia. O que nos interessa no estudo da Regra do Octeto é a última camada presente nessa divisão atômica, que precisa necessariamente ter oito elétrons para adquirir estabilidade.

Exemplos de aplicação da Teoria do octeto

Em síntese, a Teoria do octeto defende que a última camada de átomos presente ao redor do núcleo atômico deve apresentar oito elétrons para adquirir estabilidade, semelhante ao que ocorre com os gases nobres.

Estabilidade quer dizer que não será mais necessário que o átomo se ligue a outras partículas, uma vez que ele não apresenta necessidade de ganhar ou perder elétrons.

Confira abaixo alguns exemplos de elementos que precisam adquirir energia em suas camadas de valência, o que ocorre através de ligações químicas.

Cloro

O Cloro (Cl) é um gás amarelo esverdeado altamente venenoso e corrosivo, estando localizado na família VIIA da tabela periódica e com número atômico 17.

Teoria do octeto: conceito, aplicações e exemplos de ligações químicas
Portal UCM

Sua distribuição eletrônica é 1s² 2s² 2p6 3s² 3p5, sendo a camada de valência 3s² 3p5, contendo, portanto, sete elétrons e necessitando de mais um elétron para adquirir estabilidade.

Dessa maneira, a ligação química deve compartilhar um par de elétrons para somar os oito da camada de valência. Uma das maneiras de assumir a estabilidade da Teoria do octeto é a união com outro átomo de cloro, formando o composto Cl2.

Oxigênio

O oxigênio (O) é o gás que respiramos. Ele não possui cheiro, cor e nem gosto. Está presente em abundância na natureza e constitui a principal forma de respiração da maior parte dos seres vivos.

Ademais, seu número atômico é 16 e possui seis elétrons na camada de valência (1s² 2s² 2p4). Sendo assim, a Teoria do octeto diz que precisa de mais dois átomos negativos para assumir estabilidade. Nesse sentido, a forma mais comum seria a união com dois para formar a água (H2O).

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Ferro

Por outro lado, o Ferro (Fe) é um composto da classe dos metais, possui coloração branca e cinza, possui boa condução de calor e eletricidade, além de ser conhecido pela resistência de seu material.

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Notícias de mineração

Seu número atômico é 26, está localizado na família 8B e tem como distribuição eletrônica 1s2 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d6. Portanto, ele possui dois elétrons na camada de valência, faltando realizar ligações covalentes até o alcance da quantidade ideal para estabilidade.

Exceções à Regra do Octeto

Entre as exceções à Regra do Octeto estão elementos que se tornam estáveis com menos de oito elétrons e outros que adquirem a estabilidade com mais de oito elétrons.

A contração do octeto (estabilidade com menos de oito elétrons) ocorre com elementos como o Berílio (Be), que precisa de quatro elétrons, o Boro (B) e o Alumínio (Al), com apenas seis elétrons na camada de valência.

Imagens da tabela periódica

Ocorre, em sua maioria, com elementos do segundo período da tabela periódica.

Por outro lado, a expansão do octeto costuma ocorrer com elementos não metálicos a partir do terceiro período, tais como Enxofre (S) e Fósforo (P). O primeiro pode receber até 10 elétrons e o segundo 12.

E aí, gostou de saber mais sobre a Teoria do octeto? Então, confira também quais são os períodos da tabela periódica.

Fontes: Toda Matéria, Educa Mais Brasil, Brasil Escola, Toda Matéria, Infoescola, Mundo Educação, Infoescola, Secretaria da Educação PR, Toda Matéria.

Imagens: Superinteressante, Educa Mais Brasil, Pinterest, Portal UCM, Exame, Notícias de Mineração, Imagens da tabela periódica.

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