Walter Benjamin, quem foi? Biografia, tese filosófica e obra

Walter Benjamin foi um filósofo, ensaísta e crítico literário alemão. Participou da Escola de Frankfurt, sendo um grande pensador moderno.

Walter Benjamin, quem foi? Biografia, tese filosófica e obra

Antes de mais nada, Walter Benjamin nasceu em 1892, na cidade de Berlim. Veio de uma família de comerciantes judeus e se transformou em um dos grandes pensadores do século XX. Escreveu ensaios, traduziu textos e atuou também na crítica literária.

Todavia, suas ideias transitaram na Escola de Frankfurt, juntamente com as de Theodor Adorno e Max Horkheimer. Adorno, inclusive, além de grande amigo de Benjamin, se tornou o responsável pela publicação póstuma do autor.

Contudo, Walter Benjamin teve influências do romantismo alemão e do marxismo, sendo caracterizado pelas suas ideias de esquerda e aproximação com o socialismo. Integrante da comunidade judia europeia, Benjamin morreu na cidade de Portbou, Espanha, no ano de 1940.

Biografia de Walter Benjamin

Nascido em 15 de julho de 1892, em Berlim, Walter Benedix Schönflies Benjamin era filho de Emil Benjamin e de Paula Schönflies e sua família fazia parte da burguesia judia presente na Europa.

Todavia, começou seus estudos no Friedrich Wilhelm Gymnasium e, em 1904, acabou transferido para um internato, para cuidar também da sua saúde frágil. Nesse período, o autor entrou no Movimento da Juventude, que ansiava por uma reforma educacional na Alemanha.

Walter Benjamin e Bertolt Brecht em uma partida de xadrez.

Nesse sentido, em 1910, começou a publicar sob o pseudônimo de Aroob e iniciou também seus estudos em Filosofia Neokantiana. Em 1915, se desvinculou do Movimento da Juventude por discordância política.

Walter Benjamin se casou em 1917 com Dora Pollak e de sua união nasceu seu filho, Stefan. Na Suíça, Benjamin conheceu o filósofo marxista Ernst Bloch e entrou para a Universidade de Berna. Sua tese de doutorado foi defendida em 1919, sob o título ‘O Conceito da Crítica de Arte no Romantismo Alemão’.

Walter Benjamin regressou para Berlim na década de 1920 e, 5 anos mais tarde, teve sua tese de livre docência rejeitada pelo Departamento de Estética da Universidade de Frankfurt. Em 1926, Benjamin visitou Moscou e se desiludiu com as ideias socialistas.

Entretanto, na década de 1930, Walter Benjamin se tornou bolsista do Instituto de Pesquisa Social, e passou a colaborar regularmente para a Escola de Frankfurt, onde conheceu outros teóricos alemães.

Benjamin se exilou em Paris, onde passou seus últimos momentos. Contudo, em 26 de setembro de 1940, o filósofo alemão se suicidou com uma dose letal de morfina, na cidade espanhola de Portbou, ao tentar escapar dos nazistas.

Principais teses de Walter Benjamin

Walter Benjamin foi responsável por acolher temáticas que incluem assuntos literários, artísticos e técnicas de reprodução, além de criticar a estrutura social. Sua obra, entretanto, é dividida em duas fases, que revelam ideias do autor ao longo dos anos.

Nesse sentido, sua primeira fase é visível durante a sua juventude e a principal característica é o idealismo. Contudo, mais tardio e maduro, seu segundo período intelectual é marcado pela síntese de imagens utópicas e revolucionárias, ambas apresentando características materialistas.

O Povo.

Todavia, Walter Benjamin foi responsável pela oposição radical entre a análise marxista e a filosofia burguesa que dominou a história. Para ele, estas filosofias eram responsáveis pela relação histórica com as classes dominantes, deixando de lado o ponto de vista de uma outra parcela, conceituada por ele como os vencidos.

Nesse sentido, Walter Benjamin foi reconhecido por inserir o materialismo histórico em substituição da ideologia de progresso, consolidado no evolucionismo de Darwin e no determinismo científico, por exemplo.

Em suma, vale ressaltar que a visão de Walter Benjamin foi na direção contrária da evolução automática e de forma contínua da humanidade. Inclusive, para Benjamin, essa evolução contínua era pontuada como uma catástrofe da história.

Obra

A princípio, Walter Benjamin publicou pouca coisa durante sua vida. Nesse sentido, seus escritos são encontrados de maneira esparsa e, a produção de Benjamin se resume a três livros publicados quando ainda era vivo:

  • O Conceito de crítica de arte no romantismo alemão, de 1919 (tese de doutoramento);
  • Origem da tragédia alemã (1928);
  • Rua de mão única, de 1928 (ensaios e reflexões).
  • Walter Benjamin também ganhou reconhecimento por publicar alguns ensaios, a saber:
  • As afinidades eletivas de Goethe;
  • Sobre alguns temas em Baudelaire;
  • Teses sobre filosofia da história;
  • Paris, capital do século XIX;
  • A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1936);
  • Teses sobre o conceito de história (1940).

Então, o que achou da matéria? Se gostou, leia também: Conhecimento científico – O que é, tipos, características e importância.

Fontes: Toda Matéria, Estadão, Ebiografia

Imagens: Revista CULT, Blog IMS, O Povo

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