1º de maio – Dia da Literatura Brasileira

No dia 1 de maio é comemorado o Dia Da Literatura Brasileira. Saiba sua origem, celebração e livros importantes para a história do país.

dia da literatura brasileira

O Dia da Literatura Brasileira é celebrado em 1º de maio no Brasil. A data é uma homenagem ao escritor brasileiro José de Alencar, que nasceu nesse dia, em 1829.

José de Alencar é um dos maiores expoentes da literatura brasileira e é considerado um dos fundadores do romance brasileiro.

Ele escreveu obras como “O Guarani”, “Iracema” e “Senhora”, que retratam a cultura e a sociedade brasileiras do século XIX. Além disso, também atuou como político e jornalista.

Origem do Dia da Literatura Brasileira

A iniciativa de criar uma data comemorativa para a literatura brasileira partiu do escritor e político Gustavo Capanema, Ministro da Educação do Brasil em 1934.

Capanema era grande defensor da cultura brasileira. Logo, criou diversas políticas públicas para incentivar a produção cultural no país.

Então, em 1966, a Lei nº 5.191 oficializou o Dia da Literatura Brasileira como uma forma de homenagear não apenas José de Alencar, mas também todos os escritores brasileiros que contribuíram para o enriquecimento da cultura e da literatura do país.

Desde então, celebra-se anualmente a data como uma forma de valorizar e difundir a produção literária brasileira. 

O que se comemora no Dia da Literatura Brasileira?

No Dia Nacional da Literatura Brasileira é celebrado a rica história da literatura produzida no Brasil.

Assim, neste dia, valoriza-se a diversidade e riqueza da literatura brasileira, desde seus primeiros escritores até os contemporâneos.

Logo, é também uma oportunidade para incentivar a leitura e promover o acesso à literatura, como forma de desenvolvimento cultural e educacional.

Além disso, a data também é uma oportunidade para destacar a importância dos escritores e da literatura para a sociedade, como forma de reflexão, expressão e transformação social.

Serve como um lembrete da relevância da literatura na formação do pensamento crítico, no aprimoramento da linguagem e na valorização da identidade cultural brasileira.

Principais escolas literárias do Brasil

As escolas literárias brasileiras são diversas, e acompanharam a evolução política do país.

  1. Barroco (século XVII)
  2. Arcadismo (século XVIII)
  3. Romantismo (século XIX)
  4. Realismo (final do século XIX)
  5. Parnasianismo (final do século XIX)
  6. Simbolismo (final do século XIX)
  7. Modernismo (décadas de 1920 e 1930)
  8. Regionalismo (décadas de 1930 e 1940)
  9. Geração de 45 (década de 1940)
  10. Poesia Concreta (década de 1950)
  11. Tropicália (década de 1960)
  12. Literatura Marginal (década de 1970)
  13. Geração Mimeógrafo (década de 1970)
  14. Pós-modernismo (década de 1980)
  15. Literatura contemporânea (a partir dos anos 2000)

10 obras literárias brasileiras que você deve conhecer

1. Sermões, Padre Antônio Vieira (1655-1694, Barroco)

Sermões é uma coletânea de sermões escritos pelo Padre Antônio Vieira, um importante escritor e orador português que viveu no Brasil. Assim, a obra é uma das mais importantes do Barroco brasileiro e representa a preocupação do autor com questões sociais e religiosas do seu tempo.

2. Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga (1792, Arcadismo)

Marília de Dirceu é uma obra lírica do escritor Tomás Antônio Gonzaga. O livro é uma coleção de poemas que retratam o amor do autor por Marília, uma jovem que ele conheceu em Minas Gerais. Logo, a obra é um exemplo da poesia arcádica, que valoriza a natureza, a simplicidade e a razão.

3. Úrsula, Maria Firmina dos Reis (1859, Romantismo)

Considerado o primeiro romance escrito por uma mulher negra no Brasil, aborda temas como a escravidão, a discriminação racial e a violência contra as mulheres. É uma obra importante do Romantismo brasileiro por dar voz a um grupo social marginalizado.

4. Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis (1881, Realismo)

Memórias Póstumas de Brás Cubas é um romance de Machado de Assis que conta a história de um homem já falecido que narra sua vida do além-túmulo. A obra é um exemplo do Realismo brasileiro, que busca retratar a realidade de forma objetiva e crítica. No dia da literatura brasileira, nada melhor do que revisitar esse clássico.

5. O Cortiço, Aluísio Azevedo (1890, Naturalismo)

Sendo um romance de Aluísio Azevedo, retrata a vida de moradores de um cortiço no Rio de Janeiro. Dessa forma, é um exemplo do Naturalismo, que enfatiza a influência do meio ambiente e das condições sociais na vida dos personagens.

6. Triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto (1915, Pré-modernismo)

Esse, por sua vez, é um romance de Lima Barreto que critica a sociedade brasileira do início do século XX. Além disso, a obra é considerada um exemplo do Pré-modernismo brasileiro, que questiona a identidade e os valores culturais do país.

7. O Quinze, Rachel de Queiroz (1930, Modernismo)

Retratando a seca no Nordeste brasileiro, O Quinze é um romance de Rachel de Queiroz. Além disso, retrata suas consequências sociais e humanas. A obra é um exemplo do Modernismo brasileiro, que busca uma identidade cultural brasileira e reflete sobre a realidade do país.

8. O Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles (1953, Modernismo)

Essa é uma obra poética de Cecília Meireles, que reconta episódios da Inconfidência Mineira, um movimento de rebelião contra o domínio português no século XVIII. Sendo um exemplo da busca do Modernismo brasileiro por uma identidade cultural nacional, a obra tem muito valor até os dias de hoje

9. A hora da estrela, Clarice Lispector (1977, Modernismo)

Pertencente ao estilo da escrita intimista e introspectiva característica de Clarice Lispector. O livro narra a história de Macabéa, uma jovem nordestina pobre que vive em condições precárias na cidade do Rio de Janeiro e trabalha como datilógrafa. Logo, a trama se desenvolve a partir do encontro entre Macabéa e um escritor que narra sua história e suas reflexões sobre a condição humana.

Assim, é geralmente classificado como uma obra da prosa intimista e introspectiva, que é a marca registrada de Clarice Lispector. Embora não tenha fundado uma escola literária específica, ela é frequentemente associada ao movimento modernista e à prosa poética.

10. A obscena senhora D, Hilda Hilst (1982, Pós-Modernismo)

O romance, pertencente ao estilo da literatura marginal, característica da escritora, se passa em um casarão isolado no interior de São Paulo e narra a história da personagem central, uma viúva rica e excêntrica conhecida como “senhora D”. Sendo assim, a obra aborda temas como sexualidade, solidão, morte e loucura, apresentando uma linguagem poética e experimental.

Fontes: Brasil Escola, Mundo Educação

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