Espaço sideral é toda área vazia do universo que não está ocupada por corpos celestes. No ambiente do espaço sideral, além dos corpos celestes, habita poucas partículas, como plasma de hidrogênio e hélio, campos magnéticos, neutrinos, radiação eletromagnética, bem como poeira interestelar e raios cósmicos.
Entretanto, todas essas partículas e qualquer corpo celeste no espaço sideral, representam apenas 5% de tudo o que existe no universo.
O universo é constituído, predominantemente, de matéria escura (25%) e energia escura (70%). As propriedades ainda não são conhecidas, sendo o grande mistério que leva os astrônomos a uma busca interminável para explicar o espaço sideral.
Qual o tamanho do espaço sideral?
Assim como diversas questões a respeito do espaço sideral, o tamanho do universo é uma pergunta difícil de responder. Por exemplo, não se sabe se existe algo além do que os telescópios existentes conseguem detectar.
Contudo, os estudos existentes até o momento, não conseguem definir um tamanho exato. O espaço sideral pode ter uma medida, e mesmo assim, ser infinito.
Para exemplificar melhor, podemos chamar de “universo observável”, que é o termo que os cientistas usam para medir o que podemos enxergar no espaço, com a tecnologia que temos.
De acordo com o Big Bang, tudo o que conhecemos existe há 13,8 bilhões de anos-luz. Logo, o diâmetro do universo observável representa algo em torno de 27,6 bilhões de anos-luz? Na verdade, não.
Acontece que o universo está em expansão de forma acelerada. Por conta disso, cientistas acreditam que o diâmetro do universo observável é estimado em 93 bilhões de anos-luz. Além disso, seu formato seria plano e sua projeção, infinita.
O que tem no espaço sideral?
Assim como foi informado acima, o espaço sideral é composto por matéria escura, energia escura e corpos celestes. Isso, dentro do espaço que o ser humano conseguiu observar até o momento, como já mencionamos.
Em suma, corpo celeste é todo e qualquer astro no espaço sideral. Existem inúmeros corpos celestes, porém os principais são: asteroides, cometas, estrelas, meteoroides, planetas e satélites.
Asteroides
Os asteroides são pequenos corpos rochosos, que orbitam ao redor do Sol, assim como os planetas. Eles podem ter centenas de quilômetros ou alguns metros.
Cometas
Cometas são pequenos corpos celestes, formados, basicamente, por gelo e rochas e possuem órbita irregular. Por conta disso, eles se aproximam muito do Sol, que os “jogam” para longe.
Estrelas
Uma estrela pode ser definida como uma grande e luminosa esfera de plasma que, por conta da gravidade e da pressão da radiação, se mantém íntegra no espaço.
Meteoroides
Segundo os cientistas, meteoroides são pequenas rochas menores que um asteroide e maiores que um átomo. Uma estrela cadente é o efeito visual, que temos quando um meteoroide entra em contato com a atmosfera terrestre, provocando uma luz visível.
Planetas
Planetas são grandes corpos celestes que se diferem, principalmente, em tamanho, massa e temperatura. Eles são, geralmente, desprovidos de luz própria e vivem em volta do Sol.
Satélites
Satélites são pequenos corpos materiais, que orbitam em torno de um astro maior no espaço. Eles podem ser naturais, como a Terra tem a Lua, ou feitos pelo ser humano, com o intuito de coletar informações espaciais.
Onde começa o espaço sideral, a partir da Terra?
Existe um grande debate entre cientistas a respeito de onde termina o “espaço aéreo” e onde, de fato, começa o espaço sideral.
Primeiramente, definir essa espécie de fronteira é necessário para evitar alguns problemas entre nações e, até mesmo, nomear astronautas. Qualquer homem que ultrapasse 80 km acima da superfície terrestre, já é considerado um astronauta.
Tratados internacionais servem como acordos relacionados a interesses em comum. Um deles, define o espaço sideral como um lugar de livre exploração. Entretanto, o mesmo não acontece para o espaço aéreo.
Por exemplo, se um satélite americano orbitar a 80 km da superfície de outro país, mesmo que o intuito seja observar o espaço, ele pode ser considerado uma ameaça.
Enquanto a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) diz que o espaço começa a 100 km da superfície terrestre, a Administração Federal de Aviação, a Força Aérea dos EUA, a NOAA e a NASA; dizem que o limite fica a 80 km.
Ademais, o Centro de Controle de Missão da NASA diz que a fronteira fica a 122 km. Segundo o Centro, é neste ponto que o arrasto atmosférico se torna perceptível.
Você deve estar se perguntando por que esses órgãos não entram em comum acordo. Acontece que não é tão simples definir onde começa o espaço sideral. A atmosfera da Terra só começa a diminuir sua densidade a partir do quilometro 965 de altitude.
Os valores entre 80 e 122 km são uma espécie de “espaço” seguro para que satélites possam orbitar sem problemas.
Como é o som no espaço sideral?
Infelizmente, os sons fora do nosso planeta não são perceptíveis. Isso porque o espaço sideral não possui material necessário para a propagação das ondas sonoras.
Entretanto, no espaço existem ondas por todos os lados. Através da radioastronomia, é possível traduzir algumas dessas ondas em forma de som.
Escute alguns dos sons espaciais:
Portanto, o espaço sideral possui sons que extrapolariam os ouvidos humanos, se pudéssemos de fato ouvi-los. Um dos sons mais altos já percebidos foi emitido pelo aglomerado de galáxias Perseus. Este aglomerado possui um buraco negro em específico, que insere energia no gás quente e carrega essa energia no espaço.
Essa energia liberada pelo buraco negro equivale à energia de 100 milhões de estrelas explodindo. Entretanto, não conseguimos ouvir, porque o som é semelhante a um Si Bemol. Em outras palavras, isso corresponde a 10 milhões de anos para uma onda sonora passar pela atmosfera.
Por outro lado, as explosões dos raios gama também são consideradas um dos eventos mais energéticos do universo. Ou seja, apenas 10 segundos da explosão equivalem a energia do sol em dez bilhões de anos.
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Fontes: Gizmodo, Brasil Escola, National Geographic, Mundo Educação, Alunos Online e Super Interessante.
Imagens: Sputnik Brasil, GGN, Voz do Bico, DailyMail, Revista Galileu, Socientifica, Hypescience, Dailymotion, Satellitetoday, Beduka e Olhar Digital.